Testei o primeiro celular com refrigeração líquida e percebi que este não é o único recurso que faz a Apple parecer ultrapassada

O novo Redmagic 11 Pro chega com uma novidade mundial — mas o que mais me impressionou foi uma função voltada para jogos

Redmagic 11 Pro / Imagem: Game Star
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Victor Bianchin

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Victor Bianchin é jornalista.

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Relato original de Marinus Martin, do Game Star

Recentemente, testei o RedMagic 11 Pro — o primeiro smartphone com refrigeração líquida, como a que se vê em laptops gamers. O sistema de refrigeração funciona perfeitamente, sem dúvida.

Mas, depois de um tempo usando o aparelho, percebi que há outro recurso que já tinha me agradado muito no modelo anterior e que falta nos celulares comuns, que não são voltados para jogos: botões de ombro programáveis.

Por que botões de ombro? Porque eles simplesmente fazem sentido.

O conceito é simples: dois botões sensíveis ao toque ficam na parte superior direita do celular, exatamente onde seus dedos indicadores naturalmente descansam ao jogar no modo horizontal.

Assim como os modelos anteriores, o RedMagic 11 Pro também possui dois botões de ombro sensoriais no lado direito da moldura. (Imagem | GameStar Tech) Assim como os modelos anteriores, o RedMagic 11 Pro também possui dois botões de ombro sensoriais no lado direito da moldura. (Imagem | GameStar Tech)

Eles podem ser programados livremente em qualquer posição da tela — nas configurações do Game Space (a interface própria de jogos do RedMagic), basta arrastar os marcadores L e R para os botões desejados dentro do jogo. Assim, é possível transferir ações da tela sensível ao toque para as teclas físicas.

Os botões de ombro do RedMagic 11 Pro respondem com uma taxa de amostragem de 520 hertz, ou seja, são extremamente rápidos. Ao pressioná-los, você sente um leve retorno tátil — o suficiente para saber que o comando foi registrado.

Mais do que jogos: os botões podem ser úteis para praticamente qualquer coisa.

Claro, os botões de ombro são, antes de tudo, um recurso voltado para jogos. Em Call of Duty Mobile, por exemplo, eu programei o botão direito para atirar e o esquerdo para mirar.

Funciona perfeitamente e é muito mais prático do que usar apenas a tela sensível ao toque — a experiência fica bem mais próxima da de jogar com um controle. Os botões funcionam em qualquer jogo no modo horizontal.

Aplicativos de terceiros também podem ser adicionados ao Game Space do RedMagic – assim, os botões de ombro podem ser configurados, por exemplo, para aplicativos de câmera. (Imagem | GameStar Tech) Aplicativos de terceiros também podem ser adicionados ao Game Space do RedMagic – assim, os botões de ombro podem ser configurados, por exemplo, para aplicativos de câmera. (Imagem | GameStar Tech)

No entanto, as teclas programáveis de ombro não servem apenas para jogar; elas também podem ser adaptadas para outros usos.

Teoricamente, elas podem ser usadas com qualquer aplicativo adicionado ao Game Space — que foi pensado principalmente para jogos —, mas isso só funciona com apps e games baixados, e não com os aplicativos padrão pré-instalados.

Ainda assim, é possível, por exemplo, usar os botões de ombro para controlar a câmera, desde que se utilize um app de terceiros da Play Store. Assim, um dos botões pode servir como disparador, como ocorre em smartphones que têm botão físico de câmera.

Esse tipo de configuração pode ser adaptado para diversos aplicativos — embora, por enquanto, apenas por meio de soluções externas. Eu gostaria que, no futuro, isso também fosse possível nas aplicações padrão.

Versatilidade subestimada

Os botões de ombro do RedMagic 11 Pro oferecem vários modos: toque único, pressão longa, toques múltiplos e outros. É até possível salvar sequências de ações como macros, o que é prático para movimentos repetitivos — ampliando ainda mais as possibilidades.

Mesmo fora do mundo dos jogos, esses botões seriam úteis: avançar ou retroceder em aplicativos de vídeo, folhear a galeria de fotos, dar zoom rapidamente em mapas… a lista é longa. Claro que seria necessário um nível adicional de software que permitisse configurar as teclas de forma específica para cada app — mas, tecnicamente, isso é perfeitamente viável.

Por que mais fabricantes não adotam botões de ombro?

Celulares gamer como o RedMagic e o Asus ROG Phone já os têm há anos. Eles funcionam de forma confiável, têm uma boa sensação tátil e oferecem vantagens reais. Mas por que a Samsung, a Apple ou o Google não colocam algo assim em seus modelos topo de linha? Essa é uma boa pergunta — e eu não tenho resposta.

Talvez porque seja visto como algo muito ligado ao mundo dos games, e outros fabricantes prefiram posicionar seus smartphones como dispositivos de uso mais geral. Afinal, alguns modelos já oferecem botões laterais configuráveis ou um botão dedicado à câmera — mas nenhum deles chega ao nível de versatilidade dos botões de ombro.

Conclusão: um recurso com potencial para todos

Botões de ombro, como os do RedMagic, ficariam bem em qualquer celular. Muita gente usa o smartphone também para jogar, então haveria demanda. Além disso, esses botões seriam úteis em várias outras situações e muito mais versáteis do que um simples botão lateral ou de câmera.

O iPhone, por exemplo, já tem tanto um botão lateral quanto um de câmera — então, por que não adotar dois botões de ombro? Seria uma alternativa ainda melhor, especialmente para quem joga.

Eu gostaria que fabricantes fora do segmento gamer também adotassem esse conceito: dois pequenos botões sensoriais na parte superior, totalmente programáveis e com retorno tátil. Isso seria um verdadeiro diferencial. Até lá, o RedMagic 11 Pro continua sendo um dos poucos celulares com esse recurso.

Este texto foi traduzido/adaptado do site Game Star.


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