O que é a TPA? Entenda taxa que tem virado tendência no litoral de São Paulo, com cobrança de quase R$ 100 para entrada de veículos nas cidades

Taxa ambiental de até R$ 100 por veículo vira tendência nas praias do litoral paulista

Crédito de imagem: Stanzel/ullstein bild via Getty Images
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João Paes

Redator
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Escreve sobre tecnologia, games e cultura pop há mais de 10 anos, tendo se interessado por tudo isso desde que abriu o primeiro computador (há muito mais de 10 anos). 

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Ilhabela é a mais recente cidade do litoral paulista a aprovar a criação da Taxa de Preservação Ambiental, a TPA. Além da cidade, Ubatuba também já possui a TPA ativa e São Sebastião é a próxima que deve começar a cobrança, após a taxa ser aprovada pelos vereadores da cidade. Mas como você paga a TPA para visitar essas cidades e, principalmente, para onde esse dinheiro vai?

O que é a TPA e quanto custa?

Se você já ouviu falar da “taxa que é paga para entrar em Fernando de Noronha”, você já conhece a TPA. Essa taxa começou exatamente na ilha de Pernambuco, em 1992. Atualmente, cada turista que visita a ilha precisa pagar R$ 101,33 por dia de TPA. 

Em Ubatuba, cidade paulistana que tem a taxa já estabelecida, os valores são menores — e cobrados por veículos. Desde janeiro de 2025, os seguintes valores são praticados

  • Motos: R$ 3,69
  • Carros de pequeno porte (passeio/automóvel): R$ 13,73
  • Veículos utilitários (caminhonete e furgão): R$ 20,59
  • Veículos de excursão (vans): R$ 41,18
  • Micro-ônibus e caminhões: R$ 62,30
  • Ônibus: R$ 97,14

Já em Ilhabela, que tinha a cobrança da taxa entre 2007 e 2020, mas interrompeu a cobrança durante a pandemia, os seguintes valores serão cobrados em 2025: 

  • Motos: R$ 10,00
  • Carros de passeio, utilitários e kombis: R$ 48,00
  • Vans: R$ 70,00
  • Caminhões: R$ 70,00
  • Micro-ônibus: R$ 100,00
  • Ônibus: R$ 140,00
Crédito de imagem: Stanzel/ullstein bild via Getty Images Ilhabela deseja usar a taxa para proteger o meio ambiente.

Em São Sebastião, onde a lei da taxa já foi aprovada, estes serão os seguintes valores cobrados dos turistas: 

  • Motos: R$ 5,25
  • Carros: R$ 20,00
  • Caminhonetes: R$ 24,80
  • Vans e micro-ônibus: R$ 64,40
  • Ônibus: R$ 119,25
  • Caminhões: R$ 143,10

É importante notar que cada TPA tem suas exceções para pagamento, seja você um morador local, de alguma cidade vizinha ou até que esteja só passando pela cidade em questão. É bom ficar de olho nisso quando for planeja aquela viagem de férias ou de fim de ano.

E não são só essas: atualmente, são cerca de 10 cidades brasileiras com a TPA em atividade — e esse número não para de subir. Além de São Sebastião, outras cidades também já estudam cobrar a taxa de turistas.

Como pagar a TPA?

A cobrança varia de cidade para cidade, mas aqui vai um resumo geral das cidades citadas na matéria:

  • Fernando de Noronha: cartão de crédito/Débito, boleto bancário (precisa ser pago antes do turista chegar ao destino), em dinheiro ou Pix.
  • Ubatuba: pelo aplicativo ou pelo site da cidade, tags nos veículos, ou de diferentes formas na sede no centro da cidade ou em bases espalhadas pela cidade.
  • Ilhabela: tags nos veículos, Pix, cartão de crédito e débito e em dinheiro nas cabines de apoio pela cidade.

Para onde o dinheiro da TPA vai?

Em Fernando de Noronha, segundo o Governo do Estado de Pernambuco, o dinheiro da TPA é utilizado para custear projetos de saneamento básico, cuidar de trilhas e áreas de visitação do Parque Nacional e de suas praias, entre outros projetos ligados ao meio ambiente.

Crédito de imagem: COLLART Hervé/Sygma via Getty Images Fernando de Noronha foi pioneira em cobrança da taxa para turistas.

Em Ubatuba, onde os valores são cobrados desde 2023 e, segundo a Secretaria do Meio Ambiente de Ubatuba, o valor arrecadado com a taxa ambiental é investido principalmente na preservação e conservação das praias, da Mata Atlântica e da biodiversidade local. Além disso, são desenvolvidas medidas para recuperação de rios e orlas.

Porém, com a mudança da lei no final de 2024, 30% do valor arrecadado por mês é destinado diretamente ao Tesouro Municipal da cidade, podendo ser gasto em qualquer outra área que a prefeitura julgar necessário, sem necessidade de aprovação do Conselho do Meio Ambiente.

Em Ilhabela, com a atual versão da lei, é dito que os recursos da TPA deverão ser aplicados exclusivamente em ações ligadas à sustentabilidade e ao meio ambiente. A cidade espera receber cerca de R$ 45 milhões por ano com a Taxa de Preservação Ambiental. A lei aprovada em São Sebastião segue o mesmo modelo da cidade vizinha.


Créditos de imagens:  Stanzel/ullstein bild via Getty Images, COLLART Hervé/Sygma via Getty Images

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