O custo do combustível no México é um fator determinante para a economia familiar e para o setor automotivo. Recentemente, a presidenta Claudia Sheinbaum Pardo anunciou um projeto focado na infraestrutura energética. Esse plano busca estabilizar os preços da gasolina, com atenção especial à região sudeste do país.
Trata-se da construção de um centro de carga e armazenamento de combustível em Quintana Roo, estado no sudeste do país. O projeto de infraestrutura busca enfrentar o problema dos altos preços que impactam diretamente o consumidor nessa região.
Durante uma visita à área, Sheinbaum anunciou que essa nova instalação operaria em conjunto com o Trem Maia de carga. A finalidade principal é otimizar a cadeia de suprimentos para reduzir os custos associados ao transporte. A expectativa é de que essa eficiência logística possa resultar, ao menos parcialmente, em uma estabilização ou redução dos preços finais na região.
A presidente identificou um ponto de fricção claro: o preço do combustível em alguns postos de Quintana Roo supera 24 pesos (R$ 7) por litro — valor acima do limite de 24 pesos por litro acordado pelo governo com empresários do setor em setembro de 2025. O problema não é falta de combustível, e sim distribuição.
Atualmente, grande parte do abastecimento da península se concentra em Puerto Progreso, em Yucatán. De lá, a distribuição para o sul de Quintana Roo é feita por caminhões-tanque. Esse longo trajeto por rodovia adiciona custos operacionais significativos à cadeia de valor. A escassez de terminais de armazenamento na região aumenta a dependência da cidade de Progreso.
O novo centro de armazenamento ajudaria a baixar o custo da gasolina
Sheinbaum explicou que a falta de pontos de armazenamento intermediários acaba elevando o custo do frete. Por isso, o novo centro de armazenamento é projetado como uma solução para encurtar distâncias e reduzir os custos de distribuição.
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O projeto da nova estação conta com a colaboração do Agrupamento Felipe Ángeles e de engenheiros militares. A instalação será integrada à infraestrutura ferroviária do Trem Maia de carga. Essa conexão é fundamental.
O uso do trem para o transporte de combustíveis oferece uma alternativa ao transporte rodoviário de longas distâncias. Espera-se que essa mudança logística contribua para uma redução no custo total de transporte. Esse fator é essencial para equilibrar os preços na região.
O projeto busca atender à crescente necessidade logística do sudeste, região que vem passando por um desenvolvimento acelerado nos últimos anos. A obra, caso se concretize, permitiria agilizar o transporte de mercadorias e combustíveis para Quintana Roo e estados próximos.
Esse esforço se insere em uma estratégia mais ampla de fortalecimento da infraestrutura energética e econômica do sudeste. O projeto se junta a outras iniciativas, como o Corredor Interoceânico, com o objetivo de melhorar a conectividade geral. No entanto, seu impacto real na estabilidade dos preços dependerá de diversos fatores econômicos, operacionais e regulatórios no futuro.
Imagem | ProtoplasmaKid
Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka México.
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