Táxi robô ignora ação policial e passa como se nada estivesse acontecendo. Saiba o que aconteceu com os passageiros

Incidente em Los Angeles expõe limite das IA de direção autônoma diante de situações imprevisíveis e reacende debate sobre segurança e protocolos

Crédito de imagem: Alex.choi no Instagram
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João Paes

Redator
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João Paes

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Escreve sobre tecnologia, games e cultura pop há mais de 10 anos, tendo se interessado por tudo isso desde que abriu o primeiro computador (há muito mais de 10 anos). 

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Em Los Angeles, onde perseguições policiais são quase um gênero televisivo próprio, até mesmo um táxi autônomo já tem história para contar. Um Waymo — os carros-robô da empresa controlada pela Alphabet, do Google — foi flagrado passando tranquilamente pelo meio de uma abordagem policial de alto risco, com agentes armados e um suspeito já rendido no asfalto. A cena, registrada em vídeo, rapidamente viralizou e reacendeu a discussão sobre até onde a direção autônoma é capaz de interpretar o mundo real.

No vídeo, o Jaguar I-Pace da Waymo faz uma conversão à esquerda em cima do fim do sinal amarelo. Do outro lado da via, o cenário é tudo menos comum: várias viaturas bloqueiam o cruzamento, luzes azuis e vermelhas piscam sem parar e policiais apontam armas para um suspeito em uma caminhonete branca. Para qualquer motorista humano, o instinto de parar seria óbvio, além de desviar e manter distância. Mas o táxi robô simplesmente segue adiante, passando ao lado do veículo abordado e levando seus passageiros direto para a linha de ação.

Logo depois, o carro desacelera quase até parar. O pisca à direita pisca por um momento, indicando que o sistema talvez estivesse tentando encostar. Os policiais gritam para o veículo seguir, mas, claro, não há motorista para ouvir ou reagir. Após alguns segundos de incerteza, o Waymo decide continuar viagem, como se nada tivesse acontecido. Veja o vídeo:

O que aconteceu com os passageiros?

Por sorte, o suspeito estava cooperativo, não houve troca de tiros e ninguém ficou em perigo real. Os passageiros, que ganharam um “tour” involuntário pelo procedimento do Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD), também saíram ilesos. Mas o incidente deixou claro: mesmo que estatisticamente mais seguros que motoristas humanos, robôs ainda tropeçam em situações que fogem completamente do padrão.

A Waymo classificou o evento como um caso diferenciado: uma situação tão extrema e incomum que dificilmente consta no treinamento original do sistema. Em comunicado à NBC News, a empresa afirmou que segurança é prioridade e que episódios assim são usados para aprimorar o software.

Do lado da polícia, o LAPD afirmou que a presença do carro não alterou a abordagem, mas sinalizou que o departamento segue em contato com a Waymo para atualizar protocolos de veículos autônomos. Fechar totalmente a interseção, segundo os agentes, teria impedido que qualquer carro — humano ou robô — entrasse na cena.

Com mais carros autônomos circulando pelas ruas, episódios como esse devem se tornar cada vez mais importantes para ajustar regras, mapas e o próprio bom senso das máquinas. E, enquanto isso, os passageiros seguem confiando que, da próxima vez, o táxi-robô vai entender quando é melhor não se aproximar demais da ação.


Crédito de imagem: Alex.Choi no Instagram

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