A Apple quer voltar a fazer parceria com a Intel para os processadores dos Macs; é a desculpa perfeita para oferecer processadores "fabricados nos EUA"

A partir de 2027, espera-se que as fábricas da Intel nos EUA forneçam chips da série 'M' para a Apple

A Apple quer voltar a fazer parceria com a Intel para os processadores dos Macs. É a desculpa perfeita para oferecer processadores "fabricados nos EUA".
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Fabrício Mainenti

Redator

O ano de 2020 marcou uma grande virada para os Macs com a transição dos chips Intel para o Apple Silicon, abandonando a arquitetura x86 e migrando para ARM. Agora, a empresa californiana parece estar perto de fechar um novo acordo com a Intel. No entanto, será bem diferente do anterior.

Ming-Chi Kuo, analista com fontes na cadeia de suprimentos, relatou recentemente que os chips da série M de 2027 poderiam ser fabricados pela Intel. Eles ainda seriam Apple Silicon, mantendo a mesma estrutura, mas desta vez a TSMC não seria a fornecedora. Uma questão interna está no centro disso.

A Intel fabricaria a linha "inferior" de chips da série M

De acordo com o relatório de Ming-Chi Kuo, a Apple está considerando recorrer novamente à Intel para fabricar os chips de entrada da série M. Isso para 2027, então presume-se que seriam os M6 e M7, embora gerações anteriores como M5 ou M4 também sejam possíveis. E por "entrada de gama", queremos dizer que não serão chips "Pro", "Max" ou "Ultra".

A principal razão por trás dessa decisão é que a Apple quer diversificar sua produção. Até agora, praticamente todos os chips Apple Silicon vieram da TSMC. Incluir a Intel como segunda fabricante daria à empresa mais flexibilidade diante de problemas de fornecimento e outros imprevistos.

Outro fator que parece crucial é que esses chips seriam fabricados nos Estados Unidos, o que está alinhado com a pressão exercida pelo governo Trump para que os produtos sejam fabricados nos EUA. Com essa mudança, a Apple reforçaria ainda mais seu compromisso com a produção nacional.

A escolha de chips de entrada, os usados ​​no MacBook Air, iPad Air e iPad Pro, também não é acidental. São os que, a priori, representam um custo de produção menor e podem ser mais fáceis de terceirizar para uma empresa como a Intel, sem comprometer a produção de chips para os dispositivos de gama superior.

É por isso que a Apple não vai abandonar seus acordos com a TSMC, que continuará produzindo os chips para sua linha de smartphones de ponta. Isso é especialmente verdadeiro em um momento crucial como o atual, quando, segundo vazamentos, será graças a essa parceira taiwanesa que a Apple poderá ser a primeira empresa a incorporar chips fabricados com um processo de 2 nanômetros, com o iPhone 18 Pro e o iPhone dobrável.

Vale ressaltar também que o usuário final não notará nenhuma diferença. Os chips continuarão sendo projetados pela Apple, com a mesma arquitetura e desempenho idêntico como se fossem fabricados pela TSMC em Taiwan.

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