Comprar um carro é um investimento caro que exige planejamento e muita pesquisa. Afinal, ninguém quer gastar uma grana em um novo veículo para, pouco tempo depois, ficar preso a problemas mecânicos, visitas à oficina e contas de manutenção cada vez mais caras. O problema é que, muita das vezes, os consumidores acabam se frustrando com a capacidade de alguns veículos.
É o caso de alguns motores que prometiam eficiência, potência e modernidade, mas acabaram não entregando nada disso, e sim, muita dor de cabeça. Levantamentos realizados com oficinas independentes, registros do Procon e relatos frequentes de proprietários nas redes e fóruns automotivos, revelaram quais são os três motores com mais reclamações no Brasil atualmente. Confira a seguir!
Volkswagen 1.0 TSI: alta tecnologia, mas alto custo de dor de cabeça
O motor 1.0 TSI da Volkswagen chegou ao Brasil em 2015 com status de inovação. Presente em modelos como Up! TSI, Polo, Virtus, T-Cross e Nivus, o propulsor de três cilindros turbo caiu rapidamente no gosto dos brasileiros por aliar ótimo desempenho com economia de combustível. Entrega até 128 cavalos (cv) de potência e 20,4 kgfm de torque, o que é excelente para um motor compacto como ele.
O problema é que, com o tempo, surgiram relatos preocupantes e desanimadores de consumidores. Um dos principais pontos de crítica é o consumo excessivo de óleo, algo que exige atenção constante do proprietário para evitar danos sérios ao motor. Além disso, falhas em bobinas de ignição e bicos injetores também estão sendo comuns. E quando esses equipamentos falham, o proprietário sente o peso no bolso, pois o valor do conserto pode facilmente passar dos R$4 mil em concessionárias autorizadas.
Fiat 1.3 Firefly: moderno até que ponto?
Desenvolvido para substituir antigos motores da família Fire, usados em modelos como Palio, Siena, Strada e Uno, o 1.3 Firefly da Fiat estreou em 2017 com uma proposta tentadora: a de proporcionar mais eficiência, menos emissão de poluentes e melhor desempenho. Hoje, ele está presente em diversos modelos da marca, como Argo, Cronos e Strada.
No entanto, apesar de ser tecnicamente moderno, esse motor acumulou reclamações de proprietários que tiveram problemas com vibração excessiva, consumo anormal de óleo e, mais grave ainda, problemas na corrente de comando, peça responsável por sincronizar o funcionamento interno do motor. Quando a corrente se rompe, o estrago pode exigir reparos que ultrapassam R$6 mil, sendo um dos principais motivos de reclamação dos proprietários.
Ford 1.5 Dragon: superaquecimento e desgaste antes da hora
Presente nos modelos Ford Ka, Ka Sedan e EcoSport entre 2017 e 2021, o motor 1.5 Dragon de três cilindros foi criado para entregar mais potência com menos consumo, oferecendo até 136 cavalos (cv) em uma estrutura compacta. A proposta era competir com motores menores e mais econômicos, alinhados com as exigências do mercado global.
Contudo, o grande problema é que o motor Ford 1.5 Dragon apresenta problemas graves de durabilidade. Os relatos mais comuns envolvem superaquecimento do motor, queima precoce da junta do cabeçote e consumo elevado de óleo. Outro ponto que gera reclamação é que muitas dessas falhas aparecem logo após o fim da garantia de fábrica, pegando os proprietários de surpresa, e gerando reparos que podem superar os R$5 mil.
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