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Videogames na psicologia: Minecraft está sendo usado como instrumento na terapia voltada para crianças

Game está sendo usado como mais uma alternativa do Play Therapy

(Reprodução/Mojang/Microsoft)
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Bárbara Castro

Redatora
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Bárbara Castro

Redatora

Jornalista com pós-graduação em Cinema que passava as tardes vendo Cartoon Network e History Channel quando criança. Coleciona vinis, CDs e jogos do Nintendo DS e 3DS (e estantes que não cabem mais livros). A primeira memória com um computador é de ter machucado o dedo em uma ventoinha enquanto um de seus pais estava montando um PC.

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A terapia Sandplay ou "terapia do brincar" vem sendo usado por psicólogos infantis desde o início do século XX. Brinquedos e areia são alguns dos recursos mais comuns, mas desde 2010 os videogames estão sendo cada vez mais integrados à psicologia infantil, sendo Minecraft um dos bons exemplos. 

Foi Oleksii Sukhorukov que pensou na ideia de usar o game da Mojang após ver seu filho jogar quando a guerra entre Ucrânia e Rússia começou em 2022. Foi aí que o então ex-psicólogo decidiu voltar para a área e utilizar o game como uma estratégia ao Play Therapy.

"Descobri que crianças ucranianas brincavam juntas online; algumas viviam sob ocupação russa, outras em áreas controladas pelo governo do país, alvos de ataques regulares de mísseis; algumas já haviam se tornado refugiadas. E, mesmo assim, ainda conseguiam brincar juntas, apoiar umas às outras e construir seu próprio mundo. Não é incrível? Eu queria aprender mais sobre como os videogames podem ser usados ​​para o bem," disse ao The Guardian

O psicólogo então se junto Universidade Técnica Nacional Donetsk para criar um servidor próprio moderado por terapeutas e assistentes sociais para sessões e até projetos para crianças com necessidades educacionais especiais.

Claro, o próprio Minecraft se ajuda nisso. Um dos jogos mais populares desde seu lançamento oficial em 2011 (2009 na versão alpha), o game que consiste em sobrevivência e construção é um ótimo jeito de crianças expressarem sua criatividade. 

“Eu trabalhava em um serviço de aconselhamento presencial para jovens e, de repente, todos nós tivemos que migrar para o trabalho online”, disse Ellie Finch, uma assistente social. “Percebi rapidamente que oferecer aconselhamento a crianças e jovens por videochamadas tinha algumas limitações, e notei que muitos deles estavam jogando videogame. Comecei a conversar com eles sobre jogos, de que tipo eles gostavam, o que ganhavam jogando, quais avatares ou personagens eles gostavam de interpretar. Tudo isso me ajudou a entender melhor esses jovens e também mostrou que eu estava interessado no mundo deles. Rapidamente, percebi o benefício de estar realmente no jogo com eles.”

“Costumo começar a primeira sessão pedindo aos meus pacientes que criem um lugar seguro em seu mundo”, diz Finch. “Pode ser uma casa, um castelo, um observatório subaquático, uma casa na árvore, etc. O que o paciente cria e como ele cria me ajuda a aprender muito sobre ele na primeira sessão.”

Finch conta que cada paciente tem seu próprio mundo e suas próprias criações. Ao fim de cada sessão, uma conversa sobre as construções é iniciada para que a criança reflita. 

Capa da matéria: Reprodução/Mojang/Microsoft

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