A bateria é uma das características que mais influenciam a compra de um smartphone. Por muito tempo, parecíamos fadados a um número muito específico para a capacidade de energia: cerca de 5.000 mAh, que se manteve inalterado geração após geração.
Os celulares chineses começaram a ditar tendência com 6.000 mAh, quebrando-a em casos específicos como o RedMagic 10 Pro com seus 7.000 mAh ou o recente Honor Power, com 8.000 mAh. Além da clara guerra por miliamperes-hora, essa ânsia dos fabricantes chineses em trazer as melhores baterias vai além: o foco está na qualidade e na usabilidade.
Loucos por capacidade
Uma vez quebrada a barreira dos 6.000 mAh, abriu-se possibilidades para novos limites. A Honor já conseguiu encaixar 8.000 mAh em um telefone com espessura de 8 mm, a mesma de qualquer outro smartphone tradicional. A Realme vai até 10.000 mAh, o que é uma loucura. De um ano para o outro, os 5.000 mAh da concorrência se tornaram um número obsoleto, embora nem tudo que reluz é ouro.
Mudança na indústria
O fato de essa capacidade ter sido desbloqueada tem um principal culpado: as baterias de silício-carbono. Fabricantes como a Honor foram pioneiros na introdução da tecnologia, que permite uma capacidade de energia muito maior no mesmo tamanho.
Há algum tempo, esse tipo de bateria vem se tornando cada vez mais popular, embora alguns fabricantes (incluindo os chineses) as reservem para a China por um motivo simples: o custo.
Além do silício
A longevidade é outra obsessão para 2025, e a OnePlus é o melhor exemplo. Seu OnePlus 13T é capaz de operar sem usar bateria, mas sim corrente elétrica, quando conectado à rede elétrica.
Essa função, que já vimos no passado em celulares RedMagic (e a Sony já flertou com ela em alguns Xperia), é ideal para preservar a vida útil da bateria no cenário que mais sofre: quando ela é conectada à energia por meio de ciclos de descarga-carga.
Aliado perfeito
Grande parte da responsabilidade por esses avanços recai sobre a CATL, uma das gigantes da indústria de baterias (principalmente no setor de carros industriais e elétricos).
Nos últimos anos, a CATL tem colaborado com fabricantes como a Realme para o desenvolvimento conjunto de baterias, apostando no silício-carbono como material.
Golpe para os demais fabricantes
6.000 mAh (ou mais) estão se tornando um padrão, e agora a luva terá que ser adotada pelos demais fabricantes fora da China. Apostar nesse tipo de bateria não é barato, mas lançar um aparelho com 5.000 mAh vai começar a se tornar uma desvantagem competitiva para os demais.
Imagem | RedMagic
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