Faltam apenas alguns dias para sua revelação oficial no Salão de Munique, de 9 a 14 de setembro de 2025. No entanto, a Renault aposta no mistério com o Clio 6: por enquanto, não há campanha de teaser prolongada, nem fotos oficiais, muito menos confirmação de detalhes técnicos.
Por enquanto, os únicos indícios vêm de protótipos fortemente camuflados vistos nas estradas e de imagens vazadas dentro da fábrica turca de Bursa. Fotos que, embora desfocadas, têm o mérito de confirmar que a pré-produção já está em andamento. Esses primeiros exemplares servem para treinar as equipes, aprimorar a qualidade das montagens e corrigir eventuais defeitos antes do modelo de série.
A produção em série deve começar logo após o salão. Quanto às encomendas, devem ser abertas pouco depois da apresentação, com chegada às concessionárias no final de 2025. Se esta estrela de vendas (o Clio 5 foi o carro mais vendido na França em 2024) é muito aguardada, ainda assim pode não ser a revolução esperada.
Uma nova geração com um ar de déjà-vu
Isso porque, tecnicamente, o Clio 6 não parte do zero. Ele se baseia em uma evolução da plataforma CMF-B, já utilizada no Clio 5, que por sua vez aproveitou em parte a base do Clio 4, que se apoiava em seu antecessor, o Clio 3, com a antiga plataforma "B". Mas a percepção de qualidade realmente avançou no Clio 5, após uma quarta geração bastante criticada nesse aspecto. O 5, portanto, conseguiu recuperar o padrão e o 6 deve manter esse nível.
É uma forma também de a Renault capitalizar sobre um chassi que já provou seu valor, em vez de repensar tudo. Mas isso também limita as mudanças radicais. Ainda assim, em termos de motorização, o diesel deve se despedir. Uma escolha lógica, considerando que o antigo combustível já não é bem visto pelos compradores (e seus preços são quase iguais aos da gasolina).
A oferta se concentrará em motores a gasolina, gasolina/GPL e um híbrido E-Tech de 160 cv, já bem conhecido na linha. Quanto à estética, a dianteira deve seguir em grande parte os elementos dos últimos modelos, como Rafale, Espace e Austral. Na traseira, entretanto, segundo as fotos vazadas, a tampa do porta-malas será menos vertical e o perfil, mais afilado. O suficiente para modernizar a silhueta sem abandonar a identidade do modelo. E, sobretudo, o Clio deve ganhar alguns centímetros, tornando-se um pouco mais imponente e espaçoso, chegando próximo ao porte do Mégane.
Suficiente para continuar na corrida?
Na parte interior, fotos vazadas mostram que o Clio 6 adotará a cabine e o sistema multimídia dos recentes Renault 5 e 4, com duas telas digitais e Google integrado de série. Frente ao Peugeot 208 e a outros modelos urbanos versáteis, o Clio 6 jogará a carta da modernização. Mas de forma moderada. Espera-se que essa atualização estética e tecnológica, mesmo que não seja uma revolução técnica, seja suficiente para manter o modelo competitivo em um mercado extremamente concorrido. E, acima de tudo, para conservar sua posição de número um na França!
Este texto foi traduzido/adaptado do site L’Automobile Magazine.
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