A seleção brasileira é conhecida por usar o uniforme verde e amarelo na maioria dos jogos. A combinação clássica carrega significados históricos e simbólicos ligados à identidade nacional e às riquezas naturais do país. Mas você já parou para se perguntar por que a equipe também entra em campo, em certas ocasiões, com a camisa azul? A seguir, descubra a origem da camisa azul da seleção brasileira.
Camisa amaldiçoada? Brasil não quis jogar com camisa branca em jogo decisivo da Copa do Mundo
Na Copa do Mundo de 1958, o Brasil atuou durante toda a competição com o tradicional uniforme verde e amarelo. Porém, na final da competição, o time enfrentaria a Suécia, que também tem o amarelo como cor predominante de sua camisa. Para evitar confusão entre jogadores e espectadores, a delegação decidiu que os suecos usariam seu uniforme principal, afinal, jogavam em casa, e o Brasil precisaria recorrer ao segundo uniforme.
A única opção disponível era a camisa branca com detalhes azuis, aposentada após o traumático Maracanazo, na final da Copa de 1950. Naquela ocasião, usando a camisa branca, o Brasil precisava apenas do empate contra o Uruguai, mas perdeu por 2x1, diante da própria torcida, no Maracanã. O uniforme passou a ser associado ao azar, quase como uma maldição, e foi aposentado em jogos decisivos. Por isso, a perspectiva de voltar a vestir o branco em uma final de Copa deixou a seleção apreensiva.
Entenda porque camisa da seleção brasileira ficou definida como azul
A um dia da grande decisão de 1958, Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira, buscava uma solução para o impasse da camisa considerada “azarenta”. O que reza a lenda é que, após uma prece pedindo ajuda, ele ergueu os olhos e viu a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, conhecida pelo manto azul que representa o céu e a realeza. Ali surgiu a inspiração do Brasil jogar com a camisa azul.
Com pouco tempo disponível, a delegação saiu às ruas em busca de camisas da cor desejada. Encontraram em uma loja de artigos esportivos 22 peças lisas, todas azuis. O massagista Mário Américo e o médico Francisco Alves ficaram responsáveis por costurar o escudo da seleção e numerar cada uniforme às pressas.
A história terminou de forma surpreendente: o Brasil venceu a Suécia por 5x2, conquistando seu primeiro título mundial. A partir dali, o uniforme azul ficou marcado como símbolo de proteção e sorte, e ganhou o apelido de “manto sagrado”.
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