Alcançar a felicidade plena e duradoura é o objetivo da vida da grande maioria das pessoas. Mas a gente sabe que nem sempre é possível alcançar esse sentimento. Eventos trágicos, perdas e emoções negativas fazem parte da vida e não podem ser evitados. No entanto, existem alguns comportamentos que pessoas felizes reproduzem em seu dia a dia que podem contribuir para a sensação de satisfação e contentamento atribuído ao sentimento de felicidade. Mas não seja ingênuo: é claro que isso não vai garantir a sua felicidade eterna. A seguir, entenda melhor sobre a ciência da felicidade e o que fazer para alcançar esse sentimento.
O que é a felicidade?
A felicidade é um conceito sem forma que engloba uma série de sentimentos. Você pode se sentir feliz na companhia de uma pessoa amada, ao conquistar algo que você almeja ou realizar alguma atividade que te faça bem. Todos esses sentimentos, no entanto, são passageiros e não garantem uma felicidade duradoura.
A felicidade na ciência é vista por um outro olhar bem mais complexo e multifacetado, não sendo possível definir a uma única coisa. Ele envolve uma série de áreas, tanto biológicas, psicológicas, físicas e sociais. Biologicamente, por exemplo, esse sentimento depende dos “hormônios da felicidade”, um grupo de neurotransmissores produzidos pelo corpo que dão a sensação de bem-estar e relaxamento. Confira abaixo que hormônios são esses:
- Ocitocina: a ocitocina é um hormônio relacionado ao afeto, confiança e interações sociais. Ele é liberado durante abraços, conversas e momentos de relaxamento;
- Serotonina: hormônio relacionado ao humor, sono, apetite e digestão. É ele que provoca o famoso “mal humor” quando está com níveis baixos;
- Endorfina: relacionado ao prazer, esse hormônio causa a sensação de bem-estar e é liberado durante atividades prazerosas, como malhar, ao comer um chocolate ou rir;
- Dopamina: relacionado ao sentimento de satisfação, geralmente sentido após receber alguma recompensa.
No entanto, esse sentimento de contentamento também pode ser alcançado por uma via conhecida como ciência da felicidade ou psicologia positiva. Esse campo multidisciplinar estuda quais fatores contribuem para a sensação de satisfação. A ideia é parecida com a Teoria da Autodeterminação, de Ryan e Deci, que reflete sobre três necessidades básicas na vida de cada indivíduo para alcançar esse sentimento: emoções positivas, atividades com propósito e relacionamentos saudáveis com outras pessoas.
Como alcançar a felicidade? Confira alguns comportamentos de pessoas felizes para reproduzir
Como alcançar a felicidade parece ser uma pergunta simples e direta, mas não é bem assim. Se a resposta para essa pergunta fosse fácil, 5% da população global não teria o diagnóstico de depressão, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. No entanto, existem algumas práticas que podem contribuir positivamente para alcançar a felicidade:
- Emoções positivas: sentir alegria, gratidão, satisfação, esperança e amor, além de proporcionar o sentimento de bem-estar, constrói recursos pessoais duradouros, como resiliência e habilidades sociais;
- Atividades com propósito: ter um objetivo e se envolver em atividades que desafiam na medida certa dá essa sensação de vitalidade e propósito. A busca por esse sentimento é que dá sentimento a nossa existência. Ele oferece um sentimento de direção que motiva e promove uma felicidade duradoura;
- Relacionamentos saudáveis: criar relacionamentos sólidos com outras pessoas é crucial para se sentir feliz. Eles proporcionam conexões profundas com família, companheiros e amigos, satisfazendo uma necessidade humana básica humana. Além disso, o relacionamento com outras pessoas proporciona o sentimento de aceitação, apoio e segurança.
A felicidade também é definida pela genética de cada indivíduo
A felicidade não é definida apenas pelas relações e experiências vividas. De acordo com um estudo da Universidade de Edimburgo, na Escócia, a felicidade pode ser influenciada pela genética de cada um. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o comportamento e o DNA de 837 pares de gêmeos, sendo metade bivitelina e a outra univitelina.
A escolha por gêmeos não foi atoa: por terem DNA parecidos e terem sido criados de forma muito parecida, eles tiveram experiências de vida similares. Dessa forma, eles conseguiram analisar a relação entre a genética e o sentimento de felicidade e concluíram que o DNA de cada indivíduo influencia mais na felicidade do que no ambiente. É como se cada um já viesse ao mundo com um nível natural de felicidade, programado pelo código genético. No entanto, vale dizer que essa relação não é limitadora. Estima-se que apenas 50% da felicidade seja definida pela genética, enquanto a outra metade é definida por outras circunstâncias da vida, como relações e experiências.
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