Com 3 km de extensão sobre o mar, esta será a maior ponte suspensa do mundo e um pesadelo para os engenheiros

Maior ponte do mundo será construída em área de alto risco sísmico e terá investimento bilionário

Ponte que será construída. Créditos: Stretto di Messina
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Laura Vieira

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Laura Vieira

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Jornalista recém-formada, com experiência no Tribunal de Justiça, Alerj, jornal O Dia e como redatora em sites sobre pets e gastronomia. Gosta de ler, assistir filmes e séries e já passou boas horas construindo casas no The Sims.

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O governo italiano aprovou a construção da maior ponte suspensa do planeta, com mais de 3 quilômetros de extensão sobre o mar. Chamada de Ponte de Messina, a estrutura gigantesca vai ligar a Sicília à Calábria e será construída  em uma das regiões de maior atividade sísmica do Mediterrâneo. O projeto, orçado em 13,5 bilhões de euros, não é nenhuma novidade para o país que, há anos, tenta a aprovação da construção. Porém, o projeto já foi abandonado diversas vezes por questões financeiras, ambientais, de segurança e até suspeitas de influência da máfia. Para a primeira-ministra Giorgia Meloni, a ponte é um investimento estratégico para o presente e o futuro do país.

Maior ponte suspensa do mundo ligará Sicília e Calábria

O projeto da Ponte de Messina prevê uma extensão impressionante de 3,3 quilômetros, sustentada por duas torres de 400 metros de altura. A estrutura terá duas linhas férreas no centro e três faixas de tráfego em cada direção, permitindo a passagem simultânea de trens e veículos. A expectativa do governo é que a obra, além de se tornar um marco de engenharia, gere benefícios econômicos para o país. Com a construção da ponte é estimada a criação de cerca de 120 mil empregos por ano, além de favorecer o desenvolvimento de duas das regiões mais pobres da Europa (Sicília à Calábria). Apesar de ser construída em uma região com intensa atividade sísmica, o projeto da ponte foi pensado para resistir a terremotos. O plano também inclui 40 quilômetros de novas estradas e linhas ferroviárias, e o pedágio previsto para automóveis será menos de 10 euros.

Maior do mundo: entenda quais são os desafios do projeto

Apesar da aprovação do governo da Itália, a construção da Ponte de Messina ainda enfrenta um longo caminho até de fato sair do papel. O projeto precisa passar pelo crivo do Tribunal de Contas italiano e de órgãos ambientais, tanto a nível nacional quanto da União Europeia. Outro desafio enfrentado é em relação aos moradores de áreas que podem ser desapropriadas. Eles deverão ser consultados, e eventuais contestações na Justiça podem atrasar ou até interromper as obras.

Essa não seria a primeira vez! O projeto já foi adiado várias vezes desde que foi idealizado, há mais de 50 anos. A população também é crítica ao projeto, pois de acordo com eles, os recursos poderiam ser investidos em melhorias locais, como transporte, escolas e hospitais. Grupo da região ainda se preocupam com o alto consumo de água que seria necessário durante as construções, já que essas regiões sofrem com a seca regularmente. Atualmente, a travessia é feita por balsas, que transportam trens e veículos em cerca de 30 minutos.

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