O piloto espanhol de motociclismo Marc Márquez está tendo uma temporada impecável em termos de pódios, e isso se traduz no fato de que a Ducati cada vez precisa desembolsar mais dinheiro para cumprir os acordos salariais firmados com ele.
O passeio militar que Márquez está protagonizando em sua primeira temporada com a Ducati está construindo um currículo impressionante, sendo o primeiro piloto a conquistar três Grandes Prêmios consecutivos com domínio absoluto, somando seis vitórias entre sprints e corridas. Os cofres da Ducati já temem o pior.
Um início de temporada que quebra paradigmas
Marc Márquez revolucionou o mundo da MotoGP em sua primeira temporada com a equipe Ducati. Seu domínio na pista não está apenas enchendo as vitrines de troféus na sede da Ducati em Borgo Panigale, mas também está deixando as contas da equipe italiana secas.
Em apenas dez Grandes Prêmios, Márquez já conseguiu quase 1,5 milhão de euros somente em bônus salariais por vitórias, e o valor no final da temporada pode ser impressionante.
Sua grande aposta: deixar a Honda para ir para a Ducati. Marc Márquez tomou uma decisão arriscada ao abandonar a Honda, abrindo mão de um dos salários mais altos da história do motociclismo. Embora, como o próprio piloto tenha afirmado, "nunca entre em detalhes sobre esse aspecto porque ninguém sabe realmente qual é o meu salário na Honda", várias informações vazadas estimavam que seu salário ficava entre 15 e 18 milhões de euros por temporada na equipe japonesa.
Sair da Honda não seria um caminho fácil, pois, antes de consolidar sua entrada na equipe Ducati, o seis vezes campeão mundial de MotoGP teve que passar pela equipe Gresini, satélite da Ducati, antes de dar o salto definitivo. Paolo Ciabatti, diretor esportivo da Ducati Corse, afirmou que "certamente, a equipe Gresini não pode arcar com o salário a que Marc Márquez estava acostumado". Ao piloto catalão, porém, parece não ter incomodado o corte salarial. Ele ajustaria as contas com os italianos quando chegasse à Ducati.
Embora o valor exato de seu contrato seja tão secreto quanto era na Honda, os dados indicam que a Ducati assinou uma folha salarial entre 12 e 14 milhões de euros por temporada para o piloto espanhol.
A chave: os bônus
No entanto, embora o salário base acordado com a Ducati não fosse tão alto quanto o que ele recebia na Honda, Márquez soube tirar o máximo proveito do contrato. O piloto de Cervera tem explorado ao máximo o caixa da Ducati, acumulando vitórias e pódios para desbloquear bônus como se fossem níveis de um videogame.
Nos dez Grandes Prêmios disputados, Márquez acumula seis vitórias e nove triunfos em corridas sprint, o que o deixa como líder destacado do mundial. Tudo isso se traduz em um aumento de 1,38 milhão de euros somente em prêmios por vitórias, e ainda estamos na metade do campeonato.
Motivação para vencer
A Ducati assinou com Márquez bônus realmente altos. De acordo com o publicado pelo AS, o piloto espanhol recebe 150.000 euros por cada corrida de domingo que vence, e outros 40.000 euros por cada sprint. A isso deve-se adicionar o bônus por terminar em segundo no domingo, que é de 80.000 euros, e o de terminar em terceiro, que é de 40.000 euros, igual ao valor por vencer um sprint.
Se Márquez mantiver o ritmo nos doze Grandes Prêmios restantes do campeonato, a projeção indica que ele terminará com mais de três milhões de euros em bônus apenas nessa categoria. Mas não para por aí.
Márquez receberá um bônus adicional de três milhões de euros se for campeão mundial. Assim, aos 12 ou 14 milhões de euros de salário anual acordados, somar-se-iam os seis milhões extras que o piloto desbloqueou em bônus por vitórias e sprints. No final, as contas de Márquez fecharam bem. Que alguém leve um chá de camomila para o contador da Ducati.
Imagem | Ducati MotoGP Team
Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.
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