Bárbara Castro
RedatoraJornalista com pós-graduação em Cinema que passava as tardes vendo Cartoon Network e History Channel quando criança. Coleciona vinis, CDs e jogos do Nintendo DS e 3DS (e estantes que não cabem mais livros). A primeira memória com um computador é de ter machucado o dedo em uma ventoinha enquanto um de seus pais estava montando um PC.
A estreia de Tron: Ares parece ser o fim da linha para a franquia liderada por Jeff Bridges e, além disso, um ponto complicado para a carreira de Jared Leto.
Segundo fontes do The Hollywood Reporter, a Disney já vem pensando em desistir de vez da franquia após a estreia do terceiro filme. O site aponta que executivos achavam que apenas fãs de longa data se interessariam e, no fim das contas, foi o que aconteceu.
"Eles estavam certos; homens de 18 a 24 anos, o ponto ideal," disse o site.
O longa estreou na última quinta-feira (9) e até agora não apresentou números significativos. Segundo o site, o primeiro final de semana trouxe U$ 10 milhões a menos do que o previsto. Internacionalmente, Ares conquistou apenas U$ 27 milhões em contraste a uma previsão de pelo menos U$ 60.2 milhões. Isso tudo levando em conta que a produção custou U$ 180 milhões para ser feita.
Há ainda a questão de Jared Leto, que vem participando de projetos que não vingam, como Morbius, da Sony. Após o fracasso do filme, fontes dizem que grandes estúdios já pararam de cogitar o nome dele para futuras produções.
“Em um mundo onde Michael Fassbender, Ewan McGregor e Benedict Cumberbatch estão tendo dificuldades para conseguir papéis principais, por que você iria atrás de uma pessoa que não consegue abrir um filme e que tem pontos de interrogação como pessoa?”, questiona um dos principais sócios de um gerente de talentos ao THR.
É dito, também, que Leto recebeu um bom cachê para estrelar em Ares. Além de receber um salário milionário como ator, o artista ainda requisitou um adicional como produtor, também na casa do milhão. Há também nove alegações de mulheres contra o ator, que revelam um comportamento perturbador como de flertes quando menores de idade. Segundo o site, os representantes de Leto negaram as acusações, mas executivos da Disney ficaram preocupados com novos casos.
Mas a culpa do fracasso de Ares não recaí somente em Leto. Segundo o roteirista Jesse Wigutow em entrevista ao Polygon, Ares deveria ser uma sequência direta de O Legado, lançado em 2010. Após diversos altos e baixos na produção, o filme foi arquivado, até que em 2017 as engrenagens começaram a funcionar — e com Leto na posição de produtor.
"Você poderia ter tido Ryan Gosling, não ia dar certo", diz um sócio de uma agência de talentos. "Ninguém pediu por esse reboot. Se você diz: 'Tron: Ares é bom, só precisávamos de um ator diferente', você está se iludindo."
Capa da matéria: Disney/Reprodução
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