Um Xiaomi SU7 Max foi visto sendo transportado para os escritórios da Hyundai em Seul. Ele foi flagrado porque estava com uma placa provisória de pesquisa. Conforme informa o veículo de comunicação sul-coreano Bloter, a Hyundai importou várias unidades do sedã elétrico chinês para analisá-las em profundidade em seus centros de pesquisa e desenvolvimento.
A Xiaomi vem conquistando grande sucesso no mundo automobilístico com suas últimas propostas e tudo indica que a empresa sul-coreana busca descobrir os segredos do sucesso desse modelo que revolucionou o mercado.
O SU7 se tornou o fenômeno do ano no mundo dos carros elétricos. A Xiaomi conseguiu algo que parecia impossível: igualar o desempenho de um Porsche Taycan em um carro que custa significativamente menos. Com mais de 300 mil unidades vendidas em apenas 15 meses e o recorde de Nürburgring para um elétrico produzido em série, o modelo chinês está incomodando os fabricantes tradicionais.

Um carro para investigar
A empresa sul-coreana vai levar as unidades adquiridas para seu centro de pesquisa Namyang, em Hwaseong, e para sua sede, em Seul, a fim de submetê-las a uma análise minuciosa. No processo de engenharia reversa, eles buscam compreender cada aspecto técnico do veículo, desde sua arquitetura elétrica até o sistema de infoentretenimento HyperOS, herdado da experiência da Xiaomi com smartphones.
Os engenheiros da Hyundai prestarão atenção especial à interface do usuário e ao sistema de entretenimento do SU7, que foram comparados favoravelmente ao próprio BlueLink Connect da marca coreana. A Xiaomi tem ampla experiência no software de seus celulares, e seu trabalho no SU7 foi tão destacado que se tornou um dos aspectos mais valorizados por usuários e especialistas do setor.
Uma preocupação generalizada
O avanço chinês no setor automobilístico está caindo como um balde de água fria nos fabricantes tradicionais. Euisun Chung, presidente executivo do Grupo Hyundai, já alertou em uma reunião interna que “há desafios inevitáveis pela frente”, referindo-se claramente a concorrentes como BYD e Xiaomi. O investimento da Hyundai nesse segmento cresceu 15% no último ano, chegando a 32,4 bilhões de dólares.
Com um investimento previsto de 17,6 bilhões de dólares para 2025, quase metade destinado a pesquisa e desenvolvimento, a empresa busca manter sua posição competitiva em um mercado onde as regras do jogo estão mudando em velocidade vertiginosa. Embora o SU7 não deva chegar oficialmente à Europa antes de 2027, sua influência já é prenúncio de um terremoto no setor.
Imagem | Xiaomi
Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.
Ver 0 Comentários