O serviço de segurança doméstico da Ucrânia (SBU) reivindicou um ataque inédito contra a Frota do Mar Negro da Rússia, utilizando drones subaquáticos para atingir um submarino no porto de Novorossiysk. O SBU afirmou, na segunda-feira, que o ataque causou "danos críticos" à embarcação, tirando-a de operação.
A operação, que utilizou drones subaquáticos da classe "Sub Sea Baby", é a primeira do tipo e demonstra a evolução das táticas marítimas ucranianas. O submarino atingido é um modelo da classe Kilo, conhecido pela sua capacidade de absorver o som e permanecer indetectável pelo sonar — apelidado de "Buraco Negro". Segundo o SBU, o custo de um submarino dessa classe seria de cerca de 400 milhões de dólares.
Impacto da operação
O alvo é estrategicamente importante, pois os submarinos da classe Kilo são frequentemente usados pela Rússia para lançar mísseis de cruzeiro Kalibr, que têm sido utilizados em ataques contra a Ucrânia.
O SBU sugeriu que o sucesso das operações de drones marítimos ucranianos forçou a Rússia a realocar muitos de seus navios e submarinos da Baía de Sevastopol, na Crimeia ocupada, para portos mais distantes, como Novorossiysk.
A Rússia, por sua vez, reconheceu o ataque, mas negou que qualquer navio ou submarino tenha sido danificado, alegando que a tentativa de sabotagem "falhou em atingir seus objetivos".
Ofensiva diplomática em meio a negociações
O ataque ocorreu em meio a um período de intensa atividade diplomática para buscar o fim da guerra. Em Berlim, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, participou de conversas com delegados dos EUA e líderes europeus.
Zelensky enfatizou que, antes de qualquer decisão sobre um possível acordo de paz, a Ucrânia precisa de garantias de segurança robustas por parte dos seus aliados. Ele questionou quem monitoraria o cessar-fogo e quais sanções seriam aplicadas em caso de violação.
Após os encontros, houve um clima de otimismo. O Chanceler Alemão, Friedrich Merz, disse que as garantias oferecidas pelos EUA eram "realmente significativas" e expressou a crença de que, "pela primeira vez desde o início da guerra, um cessar-fogo agora parece possível".
Os líderes europeus concordaram em fornecer uma força multinacional liderada pela Europa, apoiada pelos EUA, para auxiliar na segurança dos céus e mares da Ucrânia, além de se comprometerem com um mecanismo de monitoramento e verificação do cessar-fogo liderado pelos EUA.
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