Alguém inventou uma motocicleta voadora que se parece com um setup gamer; ela custa o mesmo que um Porsche 911

Parece uma motocicleta, mas é um drone de alta capacidade que lembra um computador de mesa para games, e custa uma fortuna

Alguém inventou uma motocicleta voadora que se parece com um computador de jogos. Ela custa o mesmo que um Porsche 911.
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Fabrício Mainenti

Redator

Chama-se LEO Solo JetBike e é o mais recente desenvolvimento da LEO Flight, uma empresa sediada em Indiana especializada em soluções de mobilidade aérea pessoal. O conceito é o de um eVTOL (aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical) monoposto com uma arquitetura incomum: em vez de hélices abertas, utiliza 48 microjatos elétricos canalizados.

Um ultraleve pessoal com 48 microjatos elétricos

O Solo JetBike se enquadra nas regulamentações da Parte 103 dos EUA para ultraleves. Isso significa várias coisas importantes: é um veículo monoposto, tem peso, velocidade e altitude limitados e não exige licença de piloto para operar nos Estados Unidos. De acordo com os dados fornecidos pela empresa, a aeronave foi projetada para voar em baixas altitudes, com um limite aproximado de 4,5 metros (15 pés) acima do solo.

Em termos de números, a LEO Solo JetBike possui uma velocidade máxima limitada eletronicamente a cerca de 100 km/h e um tempo de voo estimado de 10 a 15 minutos. A energia é fornecida por uma bateria de estado sólido que, segundo a LEO Flight, pode ser carregada em uma tomada doméstica padrão. O nível de ruído declarado é de cerca de 80 dB, um valor que a empresa compara ao de um aspirador de pó doméstico e significativamente menor do que o de um helicóptero leve.

A chave está em seu sistema de propulsão. Em vez de grandes rotores, o veículo utiliza 48 ventiladores elétricos canalizados, distribuídos em quatro módulos de 12 unidades cada. Essa solução permite a distribuição do empuxo, maior redundância do sistema e redução dos riscos associados a hélices expostas — uma questão crítica nesse tipo de veículo pessoal.

Atualmente, a Solo JetBike encontra-se em estágio avançado de desenvolvimento, entre um protótipo funcional e um produto pré-comercial. A LEO Flight aceita reservas mediante um depósito reembolsável de US$ 999 (cerca de R$ 5.386). O preço-alvo anunciado para a versão de produção é de cerca de US$ 99.900 (cerca de R$ 538,6 mil), com a fabricação prevista para começar (segundo a empresa) até o final de 2025, após alguns ajustes no cronograma.

A LEO Solo JetBike, portanto, junta-se a uma categoria emergente que já inclui outros projetos conhecidos. Entre eles está o Jetson ONE, um eVTOL com oito rotores elétricos protegidos por uma estrutura de carbono, que já teve várias unidades vendidas com preços variando de US$ 90 mil (cerca de R$ 485,3 mil) a US$ 150 mil (cerca de R$ 808,8 mil), autonomia de cerca de 20 minutos e velocidades semelhantes. No extremo oposto do espectro está a japonesa Xturismo, uma hoverbike híbrida com motor a combustão e quatro motores elétricos, com preços bem acima de US$ 600 mil (cerca de R$ 3,2 milhões).

Imagens | LEO Solo JetBike

A história do setor também inclui exemplos menos bem-sucedidos, digamos assim. A hoverbike Hoversurf Scorpion, desenvolvida na Rússia e testada na época pela polícia de Dubai, envolveu-se em um acidente durante uma demonstração que evidenciou os riscos associados a esse tipo de plataforma quando operada fora de ambientes estritamente controlados.

Nesse contexto, as especificações conservadoras da LEO Solo JetBike refletem diretamente os limites regulamentares e as capacidades atuais da tecnologia elétrica. Sua baixa altura máxima, alcance reduzido e velocidade limitada estão em consonância com o estado atual das baterias e com o arcabouço legal vigente para aeronaves ultraleves.

Imagens | LEO Solo JetBike

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