Boa notícia para usuários de Windows: Microsoft libera ferramenta nativa que melhora desempenho do sistema operacional

Novo suporte nativo a NVMe promete ganhos reais de velocidade, menos gargalos e um Windows finalmente preparado para SSDs modernos

Crédito de imagem: Xataka Brasil
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João Paes

Redator
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João Paes

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Escreve sobre tecnologia, games e cultura pop há mais de 10 anos, tendo se interessado por tudo isso desde que abriu o primeiro computador (há muito mais de 10 anos). 

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Durante anos, usuários avançados de Windows convivem com uma sensação incômoda: o hardware evolui em ritmo acelerado, mas o sistema operacional nem sempre acompanha. SSDs NVMe ficaram absurdamente rápidos, CPUs ganharam dezenas — às vezes centenas — de threads, e mesmo assim o Windows ainda carregava decisões técnicas herdadas da era dos discos mecânicos. Pois bem: a Microsoft finalmente decidiu atacar esse gargalo de frente.

Com o Windows Server 2025, a empresa liberou oficialmente o suporte nativo a NVMe, uma mudança profunda na forma como o sistema operacional lida com armazenamento moderno. E o mais interessante: os ganhos não são apenas teóricos. Em testes internos, a Microsoft fala em até 80% mais IOPS e uma economia de cerca de 45% no uso de CPU por operação de entrada e saída em cargas comuns de leitura aleatória em NTFS. Em termos práticos, é o tipo de melhoria que muda a experiência de uso.

O segredo está em abandonar uma herança antiga. Até agora, o Windows tratava praticamente todo dispositivo de armazenamento como se fosse SCSI — um padrão criado para discos rígidos giratórios, com filas únicas e latências muito maiores. O NVMe, por outro lado, nasceu pensando em memória flash: múltiplas filas, milhares de comandos simultâneos e acesso direto ao hardware. Ao eliminar a camada de tradução entre NVMe e SCSI, o Windows Server 2025 passa a conversar com o SSD no idioma nativo dele.

Isso se traduz em três ganhos claros: menos latência, mais eficiência e melhor uso do processador. O caminho do I/O fica mais curto, com menos travas no kernel e menos ciclos desperdiçados apenas organizando pedidos de leitura e gravação. É uma otimização invisível, mas que faz diferença justamente onde mais importa.

Por enquanto, a novidade chega como opt-in, ou seja, não vem ativada por padrão. Administradores precisam habilitar manualmente via Registro ou Política de Grupo após instalar a atualização cumulativa de outubro de 2025. A Microsoft justifica a cautela: trata-se de uma mudança estrutural no stack de armazenamento, e a empresa quer garantir estabilidade antes de ligar a chave para todo mundo.

Embora o anúncio seja focado no Windows Server 2025, o detalhe mais animador está nas entrelinhas. O sistema compartilha a base de código com o Windows 11 24H2 e o futuro 25H2, o que abre espaço para que essas melhorias cheguem, mais cedo ou mais tarde, aos PCs domésticos. Para quem joga, edita vídeo ou trabalha com cargas pesadas de dados, isso pode significar tempos de carregamento menores e um sistema mais responsivo sem trocar de hardware.



Crédito de imagem: Xataka Brasil

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