Se tem uma coisa que nunca falha no Brasil é a criatividade automotiva. Quando o carro não entrega exatamente tudo o que o motorista gostaria, aparece alguém com uma ideia — às vezes questionável, às vezes brilhante, quase sempre curiosa. E o caso da vez envolve o BYD Dolphin Mini, o elétrico mais vendido do país, mas que vem sem um item que muita gente ainda considera indispensável: o bom e velho estepe.
Como em vários modelos modernos, a BYD optou por fornecer apenas um kit de reparo para pequenos furos. Funciona? Sim — desde que o problema seja pequeno. Mas, se o dano no pneu é maior, a história muda de figura. E foi aí que um dono do Dolphin Mini decidiu “resolver” do seu jeito.
No grupo do Facebook do BYD Dolphin Mini, Gleizer Hugo Mallonne Macklaus compartilhou sua solução: um estepe do tipo temporário preso com uma corda elástica na parte traseira do banco. Nada de encaixe original, nada de suporte dedicado — puro improviso.
Gabiarra de dono de BYD Dolphin Mini chama atenção no grupo do Facebook.
Nos comentários, a comunidade mostrou que a criatividade é coletiva. Teve quem disse ter comprado estepe e macaco do Chevrolet Onix por R$ 420. Em outro post, apareceu uma opção “oficializada”: um kit completo — com suporte em EPS, chave, macaco e roda aro 16 — por cerca de R$ 1.899. Resolve o problema, mas rouba um pedaço precioso dos 230 litros do porta-malas do Dolphin Mini.
O curioso é que o carro já passou por melhorias importantes, como a suspensão traseira da linha 2026. Ainda assim, a ausência do estepe segue como uma das principais queixas entre os proprietários. E, do ponto de vista do projeto, a decisão faz sentido: o Dolphin Mini é pensado para uso urbano, leve e prático. O kit de reparo cobre a maior parte dos casos.
Esse parece até algo oficial, mas é só uma gambiarra mais equipada.
Mas o brasileiro não gosta de depender da sorte — e muito menos de guincho, pelo jeito. A gambiarra, porém, levanta um alerta importante: adaptações improvisadas podem se tornar perigosas em caso de colisão. Um pneu solto dentro do habitáculo vira um projétil. E aí, a “solução” pode acabar virando um problema bem maior.
Créditos de imagens: BYD, Facebook
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