A luz de falha do motor acendeu enquanto eu dirigia. Por quanto tempo posso continuar circulando com ela acesa?

De todas as luzes que indicam uma falha, esta é a que menos deveríamos ignorar

Falha de motor / Imagem: Motorpasión
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Victor Bianchin

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Victor Bianchin é jornalista.

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Relato original de Daniel Murias, do Motorpasión

São três da tarde e, na rodovia rumo a Stuttgart, pela primeira vez, quase não há trânsito. Livre de limites de velocidade, continuo acelerando o Irmscher Vectra GTS i35 Kompressor: 235 km/h, 240, 250 km/h — a aceleração já não é brutal e a estabilidade deixa a desejar. Em teoria, o carro seria capaz de atingir 285 km/h. Nunca saberei se poderia ou não alcançar essa velocidade: a luz de falha do motor acendeu. E voltei para a sede da Irmscher com o carro sobre um guincho.

A luz de falha do motor é provavelmente o indicador mais temido de todos os que podem acender no painel do carro. Pode provocar inquietação, frustração, confusão e, às vezes, até pânico. E com razão. Essa maldita luz apenas indica que devemos verificar o motor, não diz o que está errado ou qual é o problema. E então surgem as perguntas inevitáveis: posso continuar dirigindo? E por quanto tempo?

A luz de falha do motor, o indicador mais temido de um carro

Dirigir pode ser uma experiência libertadora ou apenas uma tarefa necessária, tudo depende do dia e do motivo pelo qual estamos ao volante, mas, seja qual for o caso, nada é mais perturbador do que o repentino acendimento da luz de falha do motor, ou “Check Engine”.

A luz de falha do motor faz parte do sistema de diagnóstico a bordo (OBD) dos carros. Quando acende, indica que o computador do veículo detectou um problema no motor ou em componentes relacionados. O problema pode ser tão simples quanto um cabo solto ou um solenóide desgastado, ou algo muito mais sério, como um catalisador começando a falhar, uma válvula EGR quebrada ou até mesmo uma polia da correia dentada partida ao meio.

Mas, então, posso continuar dirigindo com a luz de falha do motor acesa? O acendimento da luz nem sempre significa que é necessário parar imediatamente. Se a luz permanecer acesa, podemos continuar dirigindo, mas com cuidado e, idealmente, em direção à oficina mais próxima. É possível que o problema não seja uma emergência, mas ele pode se agravar se não for resolvido — e pode piorar muito rápido.

Foi o que aconteceu comigo com o citado Irmscher Vectra. A luz de falha do motor acendeu e eu tirei o pé do acelerador, esperando a próxima saída para não ficar parado na rodovia. O problema é que logo a luz começou a piscar. E então o carro entrou em modo de segurança, com quase nenhuma potência, a velocidade despencou e consegui sair da rodovia devagarinho.

Com a luz de falha do motor intermitente, o problema é muito sério e é preciso desligar o motor o quanto antes. Eu não fiz isso ainda, estava na rampa, momento em que, por segurança mecânica, o motor simplesmente desligou, perdendo assistência de freios e direção. Por sorte, era tudo descida e, com a inércia, cheguei até um ponto de ônibus, de onde avisei sobre o problema.

Em resumo, sim, é possível continuar circulando com a luz de falha do motor acesa, mas é uma ideia muito ruim. Mesmo que o carro ainda se mova, mesmo em modo limitado, ele deve ser levado à oficina o quanto antes.

Aliás, no final, a falha no motor foi uma polia guia — nem mesmo de tensão — da correia dentada, que estava com folga e, como eu não desliguei o carro, acabou se partindo ao meio. De todas as luzes que indicam um problema, a da falha do motor é a que menos devemos ignorar.

Imagens | Chevrolet, Irmscher

Este texto foi traduzido/adaptado do site Motorpasión.


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