Em uma manobra surpreendente, a Toyota anunciou, no começo de setembro, que irá interromper a fabricação de mais de 300 mil veículos elétricos, diminuindo em 30% sua projeção de vendas para 2026, segundo informações do Nikkei Asia. A empresa não entrou em detalhes sobre os motivos, alegando apenas uma “desaceleração no mercado global de veículos elétricos”.
Apesar do corte, a produção de elétricos da Toyota ainda irá crescer bastante. A previsão é que sejam vendidas 400 mil unidades em 2025 (perante 100 mil em 2023) e um milhão em 2026.
Dados da consultoria britânica GlobalData mostram que as vendas de elétricos têm crescido em todo o mundo, porém em ritmo menor: em 2023, as vendas subiram 32% em relação ao ano anterior, enquanto, em 2022, o crescimento havia sido de 65% em relação a 2021.
No mercado americano, a Ford também está ajustando sua estratégia. Embora a marca tenha investido em veículos elétricos, seu foco mudou para a construção de carros híbridos. A empresa vê a eletrificação como uma tecnologia emergente, em vez de uma realidade, e decidiu equilibrar seu portfólio com híbridos para atender à demanda atual.
Já a Tesla está focada no lançamento de novas funcionalidades para seus carros elétricos, como o seu robotáxi, que não tem motorista e deve ser apresentado em breve. No entanto, a Tesla não está isenta de problemas: a empresa enfrenta ações judiciais por fraude nos EUA, o que, no longo prazo, pode colocar em dúvida sua posição de liderança.
Apesar dos ajustes do mercado, os elétricos continuam sendo bom negócio. No segundo trimestre de 2024, a chinesa BYD superou gigantes como Honda e Nissan em vendas, tornando-se a sétima maior fabricante de automóveis do mundo. A companhia se destacou por sua capacidade de oferecer veículos elétricos a preços competitivos e com tecnologia avançada.
Este texto foi traduzido e adaptado do site Xataka Espanha
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