São vários os conflitos entre Estados Unidos e China, mas um dos principais embates é a disputa pelo domínio no setor de chips para treinar modelos de IA. Em razão das sanções relacionadas às exportações impostas pelos norte-americanos, os asiáticos tiveram que buscar outras formas de fortalecer seu setor tecnológico. No entanto, embora a Huawei tenha uma base sólida que alimenta as expectativas das empresas chinesas, os Estados Unidos não estão tão convencidos de que ela será capaz de atender à demanda existente.
Segundo a Reuters, um funcionário norte-americano afirmou que a Huawei não conseguirá fabricar mais de 200 mil chips avançados de IA em 2025. Esse número não apenas está abaixo da demanda atual do setor, como também impossibilita a China de igualar os Estados Unidos em capacidade de IA. Desde 2019, os norte-americanos vêm impondo diversas restrições que limitam o acesso da Huawei a tecnologias avançadas e a máquinas fabricadas nos EUA, o que faz com que os asiáticos ainda estejam longe de alcançar seus rivais.
A evolução da IA na China
Apesar das limitações, a Huawei está promovendo seu chip Ascend 910C como alternativa aos chips da Nvidia, embora essa concorrência exista apenas no mercado chinês, já que a empresa norte-americana lança unidades menos potentes nesse território. No entanto, apesar de todas as restrições, pesquisas dos Estados Unidos revelam dados encorajadores para os asiáticos: no que diz respeito aos modelos de IA, os EUA consideram que a China está apenas de 3 a 6 meses atrás em termos de desempenho; por outro lado, quando se trata de chips, a distância aumenta para 1 ou 2 anos.
Ren Zhengfei, CEO da Huawei e uma das vozes mais influentes do setor tecnológico chinês, admitiu recentemente que seus chips estão uma geração atrás. No entanto, também revelou que sua empresa investe mais de R$ 145 bilhões por ano em pesquisa e desenvolvimento, valor com o qual busca reduzir a defasagem e melhorar o desempenho do setor. Dessa forma, a companhia pretende igualar o desempenho dos chips da Nvidia na China, já que foi forçada a lançar dispositivos menos potentes na região asiática devido às restrições de exportação impostas pelos Estados Unidos.
Há mais de uma década, as limitações dos EUA têm afetado áreas como software de design de semicondutores, chips, dispositivos tecnológicos e até setores como o da aviação, já que os Estados Unidos não querem compartilhar sua tecnologia com a China. Por ora, o Departamento de Comércio norte-americano não pretende impor novas restrições de forma imediata, mas confirmou que monitorará ativamente a evolução do setor.
Imagem principal | 3DJuegos
Este texto foi traduzido/adaptado do site 3D Juegos.
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