O segredo por trás do "i" do iPhone: o que ele realmente significa e por que a Apple está o abandonando

O prefixo “i” da Apple remete a palavras como internet, individual, inteligente, intuitivo e inspirador

Fachada loja da Apple. Crédito: banco de imagens
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Laura Vieira

Redatora
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Laura Vieira

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Jornalista recém-formada, com experiência no Tribunal de Justiça, Alerj, jornal O Dia e como redatora em sites sobre pets e gastronomia. Gosta de ler, assistir filmes e séries e já passou boas horas construindo casas no The Sims.

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Basta uma simples letra “i” antes de algumas palavras para que o mundo inteiro reconheça que estamos falando da Apple. iPhone, iPad, iPod, iMac são exemplos de produtos da Apple conhecidos e cobiçados por muita gente. O prefixo se tornou tão marcante que, muitas vezes, substitui até o próprio nome da marca. Afinal, ninguém diz por aí que comprou “um celular da Apple”, mas sim “um iPhone”. Mas de onde surgiu essa ideia? E, mais importante: será que o famoso “i” está com os dias contados?

“i” da Apple é marca registrada da empresa

O primeiro aparelho da Apple a carregar o prefixo “i” não foi o iPhone, nem o iPod, mas o iMac, em 1998. O computador foi lançado para “salvar” a empresa de uma crise financeira, devido a má gestão financeira. Na época, Steve Jobs, cofundador, presidente e diretor executivo da Apple, queria chamar o produto de MacMan, inspirado no Walkman da Sony. Mas quem acabou convencendo o magnata a apostar no “i” como prefixo dos produtos da Apple foi o publicitário Ken Segall, responsável pela campanha Think Different, que tinha por intuito reposicionar a marca no mercado de tecnologia em momento de crise.

Em entrevista à revista Wired, em 2024, o publicitário contou que o “i” fazia referência à Internet, que começava a se popularizar na época, mas também poderia significar “individualidade” ou até o “eu”. No início, Steve Jobs resistiu a ideia, rejeitando o nome mais de uma vez, mas, no fim, foi o “iMac” que venceu a disputa e se tornou um dos produtos mais conhecidos e famosos no mundo todo.

Entenda qual é o significado por trás do “i”

Hoje a Internet é algo muito presente no dia a dia da sociedade, fundamental para diversos setores. Contudo, em 1998 a realidade era bem diferente. A maior parte das pessoas nunca tinha usado um computador conectado à rede, e fazer isso exigia paciência e certo conhecimento técnico, pois as conexões eram lentas e as configurações complicadas.

O iMac G3 prometia mudar esse cenário. Ele foi projetado para ser um computador simples, bonito, prático e funcional. O “i”, portanto, carregava uma mensagem de inovação e proximidade com o usuário.

Depois do sucesso do iMac, a Apple replicou a fórmula em outros lançamentos, como o iBook, lançado em 1999, iPod, lançado em 2001, e o iPhone, lançado em 2007, que revolucionou a indústria de celulares. Com o tempo, o “i” deixou de ser apenas um prefixo e virou uma referência da marca, se consolidando como um recurso de branding com a associação instantânea a qualquer aparelho da Apple.

imac G3 em cima de uma mesa. Créditos: banco de imagens O iMac G3 foi projetado para ser um computador simples e funcional para reposicionar a marca no mercado.

O “i” da Apple vai acabar?

Mas será que esse símbolo do branding da Apple chegou ao fim? Nos últimos anos, a empresa tem mostrado sinais de que pode estar deixando o prefixo de lado. Em vez de “iWatch” ou “iTV”, por exemplo, tivemos Apple Watch, Apple TV e, mais recentemente, o Apple Vision Pro.

O próprio Ken Segall, criador do nome iMac, afirmou em entrevista à Wired que o “i” já não faz sentido no cenário atual. “O ‘i’ precisa ir embora. Hoje não significa mais nada”. A crítica faz sentido: se antes o “i” destacava um produto conectado à Internet, hoje essa é uma realidade tão óbvia que já não funciona como diferencial. No entanto, não há nenhuma evidência de que isso de fato vá acontecer, e se for, quando. Mas, apesar do iPhone ainda carregar o prefixo no nome, pode ser que, no futuro, ele desapareça e deixe de existir.

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