Um grande asteroide atingiu a Terra há 11 milhões de anos, mas ninguém consegue achar a cratera

Cientistas descobriram uma nova área cheia de tectitos datados em 11 milhões de anos, mas a cratera do suposto asteroide permanece desconhecida

(Getty Images/MARK GARLICK/SCIENCE PHOTO LIBRARY)
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Bárbara Castro

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Bárbara Castro

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Jornalista com pós-graduação em Cinema que passava as tardes vendo Cartoon Network e History Channel quando criança. Coleciona vinis, CDs e jogos do Nintendo DS e 3DS (e estantes que não cabem mais livros). A primeira memória com um computador é de ter machucado o dedo em uma ventoinha enquanto um de seus pais estava montando um PC.

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Cientistas da Curtin University encontraram uma nova área cheia de tectitos — vidros naturais formados durante impactos de meteoritos na Terra — mas a cratera do suposto asteroide que criou esses fragmentos permanece desconhecida. 

O coautor, Professor Fred Jourdan, da Escola de Ciências da Terra e Planetárias de Curtin, comentou que mesmo que ainda não tenham achado a cratera, esses fragmentos revelam um pouco mais do turbulento passado da Terra.

"Esses vidros são exclusivos da Austrália e registraram um evento de impacto antigo que nem conhecíamos", disse o Professor Jourdan na pesquisa. "Eles se formaram quando um asteroide atingiu a Terra, derretendo rochas da superfície e espalhando detritos por milhares de quilômetros. Esses minúsculos pedaços de vidro são como pequenas cápsulas do tempo das profundezas da história do nosso planeta."

Além disso, esse novo episódio do asteroide que atingiu a atual Austrália também pode ajudar a entender padrões de futuros impactos.

"Entender quando e com que frequência grandes asteroides atingiram a Terra também nos ajuda a avaliar o risco de impactos futuros, o que é importante para a defesa planetária."

A autora principal Anna Musolino, estudante de doutorado na Universidade Aix-Marseille, complementou dizendo que apesar de não ser incomum achar tectitos ao redor do mundo, essa nova descoberta revela um super impacto ainda não oficializado. 

"Esses tectitos são únicos devido à sua composição química incomum e à sua idade, que é de cerca de 11 milhões de anos", disse a Musolino. "Eles registram um evento de impacto completamente distinto do famoso campo coberto de tectitos da Australásia. Embora os tectitos da Australásia tenham se formado há cerca de 780.000 anos e estejam espalhados por metade do globo, esses tectitos são muito mais antigos e sua descoberta sugere um impacto gigante até então desconhecido."

Capa da matéria: Getty Images/MARK GARLICK/SCIENCE PHOTO LIBRARY

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