Se sua avó não tinha um belo quadro de uma paisagem que parece ter saído de um livro de fábulas, certamente alguma vizinha tinha, ou avó de alguém ou até um consultório médico. Por trás dessas artes que representavam lugares calmos, floridos igual a uma floresta encantada e com casas de campo estava um dos artistas mais polêmicos da história: Thomas Kinkade.
Odiado por inúmeros críticos de arte, amados por alguns fãs e certamente desconhecido pela maioria que via suas artes, Kinkade foi um dos pintores mais bem-sucedidos da história, arrecadando mais de U$ 100 milhões por ano nos EUA.
Começou sua carreira na década de 1980 após trabalhar por um breve período em Hollywood pintando cenas de filmes. Depois de um breve tempo vendendo sua arte a esposa, ele decidiu seguir para um caminho mais campestre.
"É um clichê sobreposto a uma fantasia sobreposta a uma má ideia", diz Christopher Knight, crítico de arte do Los Angeles Times, em Art for Everybody. "A cor é vibrante e a luz que vem de dentro daquelas casas é intensa e ofuscante."

Apesar das artes de Kinkade serem vistas apenas com um propósito de lucro pelos grandes críticos, alguns mencionam que a vida do artista também foi representada nessas pinturas.
"É comum ouvir a crítica de que suas casas parecem estar pegando fogo por dentro. E aí você descobre que era porque, quando ele era criança, a casa estava sempre fria e escura quando ele chegava, porque eles não tinham dinheiro para manter o aquecimento e as luzes acesas. Ele estava pintando o que queria," disse Charlotte Mullins, autora de A Little History of Art (via BBC).
Com diversas artes que também vão além da clássica casa de campo, Kinkade também explorou outras paisagens como praias, ruas de cidades como São Francisco etc., mas todos sempre com um sentimento de nostalgia por algo que nunca aconteceu.
Eventualmente, o prolífico artista morreu aos 54 anos de causas naturais em 2012, mas suas artes continuam a serem vendidas.
Capa da matéria: Reprodução/Thomas Kinkade Prints
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