Google pode estar trabalhando em uma das maiores mudanças para o futuro: o fim do ChromeOS

Projeto Aluminium OS une Android e ChromeOS em uma única plataforma de PC e a transição já começou nos bastidores

Crédito de imagem: Idrees Abbas/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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João Paes

Redator
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João Paes

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Escreve sobre tecnologia, games e cultura pop há mais de 10 anos, tendo se interessado por tudo isso desde que abriu o primeiro computador (há muito mais de 10 anos). 

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O Google parece finalmente pronto para mexer em um dos pilares mais estáveis, mas também limitador, de sua estratégia de hardware: o ChromeOS. Depois de uma década tentando competir com Windows e macOS e permanecendo preso ao terceiro lugar, a empresa decidiu unificar de vez seus sistemas. O nome do futuro dessa aposta é Aluminium OS, um projeto que pode marcar nada menos do que o começo do fim do ChromeOS como conhecemos.

A história começou a ganhar forma há um ano, quando o Android Authority revelou que o Google planejava transformar o Android em seu sistema unificado para desktops. Era uma mudança ambiciosa, pensada para enfrentar o iPad, otimizar recursos de desenvolvimento e finalmente criar um ecossistema coerente entre telas pequenas e grandes. Meses depois, um executivo da empresa confirmou parte da história; e, em setembro, no Snapdragon Summit, a Google oficializou: o Android está vindo para os PCs, com a Qualcomm cuidando do motor e a IA no centro de tudo, claro.

O que ainda faltava era um nome — e ele veio à tona graças a uma vaga de emprego vazada no Telegram. O cargo de Senior Product Manager menciona explicitamente um “novo sistema operacional baseado em Android chamado Aluminium”, confirmando não só o codinome, mas o conceito de uma plataforma pensada desde o início para notebooks, tablets, desktops e dispositivos híbridos. A referência ao sufixo “-ium” não é coincidência: é uma piscadela ao Chromium, base do ChromeOS, agora prestes a ser substituído por seu “metal” rival.

E este não será um Android tímido. Segundo o Google, o Aluminium OS nasce com IA no núcleo, o que significa integração profunda com o Gemini — incluindo recursos avançados que hoje só aparecem em smartphones premium. A boa notícia é que o sistema não será restrito a máquinas básicas: a própria vaga descreve categorias como AL Entry, AL Mass Premium e AL Premium, mostrando que o Google quer brigar também no topo, onde Apple e Microsoft reinam sem contestação.

Crédito de imagem: Android Authority Alguém vazou a vaga que deixou claro o futuro dos sistemas operacionais do Google

Quando teremos o fim do ChromeOS, então?

O ChromeOS não deve morrer de cara, mas aos poucos. Isso é o que documentos internos mostram, com informações dizendo que as duas plataformas vão conviver por um tempo. A missão do novo gerente de produto inclui, porém, uma tarefa decisiva: criar a estratégia de transição “do ChromeOS para o Aluminium”. Ou seja, já sabemos que ele está com os dias contados, mas não quanto tempo vai demorar.

Afinal, isso deve acontecer de forma lenta e cuidadosa. Por um lado, o Google continuará oferecendo suporte a Chromebooks atuais até o fim de suas vidas úteis. Por outro, testes internos já rodam Android 16 em placas com chips Kompanio 520 e Intel Alder Lake, um sinal claro de que alguns notebooks existentes poderão migrar para o novo sistema. O nome final ainda é incerto: pode ser que o “ChromeOS” sobreviva como marca, apenas mudando de base, ou que surja um “Android Desktop”.

O lançamento está previsto para 2026, com forte chance de estrear já junto do Android 17. Uma coisa, porém, parece inevitável: o futuro do Google nos PCs será com Android.



Créditos de imagens: Idrees Abbas/SOPA Images/LightRocket via Getty Images, Android Authority


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