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Todos conhecem o maior segredo da Criação de Adão de Michelangelo, mas há mais um detalhe que o pintor queria que as pessoas soubessem

Além da imagem de um cérebro, Michelangelo representou o livre arbítrio que Deus deu aos humanos

Getty Images/Graphica Artis
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Bárbara Castro

Redatora
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Bárbara Castro

Redatora

Jornalista com pós-graduação em Cinema que passava as tardes vendo Cartoon Network e History Channel quando criança. Coleciona vinis, CDs e jogos do Nintendo DS e 3DS (e estantes que não cabem mais livros). A primeira memória com um computador é de ter machucado o dedo em uma ventoinha enquanto um de seus pais estava montando um PC.

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A Criação de Adão é uma das obras mais conhecidas do mundo. Criada por Michelangelo durante a pintura da Capela Sistina no Vaticano (1508-12), a imagem  retrata o momento que o primeiro Homem, Adão, conhece e (pode) tocar Deus, seu criador. Por anos a obra fascinou diversos artistas e historiadores, sendo interpretada de diversos modos, como o tão famoso cérebro que envolve Deus, mas há mais um segredo na pintura — e ela é o ponto central da criação dos humanos. 

Reproduzido em diversas mídias (cinema, quadrinhos, jogos, séries etc.) os dedos indicadores de Adão e Deus representam o cerne da criação da humanidade: o livre arbítrio. Assim como é dito no livro de Gênesis, na Bíblia, Deus dá aos humanos a liberdade de vagar pelo Éden, podendo ou não, pegar o fruto proibido. 

Aqui, Michelangelo conta aos espectadores que Adão pode tocar Deus e ficar mais próximo dele, mas aparentemente há uma relutância em seu olhar e como seu dedo está relaxado, sugerindo que ele, através do livre arbítrio, não quer tocar Deus. 

Enquanto isso, Deus está com um olhar determinado e seu dedo indicador está flexionado com a intuição de realmente tocar Adão, mas dá espaço à sua criação para que ela decida escolher. Claro, isso é um tema de toda a história bíblica: Deus está sempre disponível, basta as pessoas irem até ele. 

(Getty Images/Anadolu)

O espaço entre os dedos do criador e da criação também conversam com a imagem de um cérebro envolto de Deus. Aqui, Michelangelo não só nos mostra como a figura religiosa propositalmente deu o livre arbítrio para sua criação, mas também a inteligência e a capacidade de raciocinar. 

Proposital ou não, essa é uma das várias interpretações da obra de Michelangelo que continua a fascinar tanto historiadores quanto religiosos e apreciadores da arte.

Capa da matéria: Getty Images/Graphica Artis

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