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Abraço triássico: fóssil de 250 milhões de anos até hoje causa lágrimas de alegria para quem conhece sua história

Dois animais do período jurássico compartilharam a mesma toca, encantando paleontólogos 

(Reprodução/Maki Naro)
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Bárbara Castro

Redatora
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Bárbara Castro

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Jornalista com pós-graduação em Cinema que passava as tardes vendo Cartoon Network e History Channel quando criança. Coleciona vinis, CDs e jogos do Nintendo DS e 3DS (e estantes que não cabem mais livros). A primeira memória com um computador é de ter machucado o dedo em uma ventoinha enquanto um de seus pais estava montando um PC.

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Em 1975, o paleontólogo James Kitching estava escavando na África do Sul quando se deparou com o fóssil de um animal que morreu há cerca de 250 milhões de anos. Sem tecnologia suficiente para escavar sem quebrar os ossos, ele mandou o molde que foi formado provavelmente por sedimento e água para um museu. Mais de 30 anos depois, em 2013, cientistas puderam revelar o que estava dentro dele: dois animais totalmente diferentes.

Uma parte dos ossos era pertencente a um Thrinaxodon, uma espécie carnívora do tamanho de uma raposa e que usava tocas para se esconderem do calor escaldante da época. Já os outros ossos eram de um Broomistega, um anfíbio primitivo. 

Ninguém entendia, na época, como isso era possível, mas pouco se sabia sobre essas espécies há tanto extintas. Um escaneamento digital revelou ainda mais uma bizarrice: os dois esqueletos estão praticamente abraçados. 

(Reprodução/PLOS One) (Reprodução/PLOS One)

Como isso aconteceu? Há muitas teorias, mas nenhuma com uma comprovação exata, mas a mais aceita é que a toca era do Thrinaxodon e que o Broomistega ou foi arrastado pelo mamífero para a toca ou, para escapar do calor, achou a toca e, de algum modo, o Thrinaxodon aceitou a companhia (ou estava em um estado de hibernação). Isso explica o motivo de estarem tão juntos. 

Ao adormecerem, é provável que uma enchente tenha acontecido e sedimento e lama entraram na toca e eternizou as duas espécies nessa posição peculiar de "abraço". Claro, muitos preferem acreditar que as duas espécies formaram alguma amizade para evitarem serem queimados pelo Sol.

Capa da matéria: Reprodução/Maki Naro

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