João Paes
RedatorEscreve sobre tecnologia, games e cultura pop há mais de 10 anos, tendo se interessado por tudo isso desde que abriu o primeiro computador (há muito mais de 10 anos).
A BYD segue acelerando sua expansão no Brasil e, agora, tem um novo marco para comemorar. O Song Pro híbrido flex — primeiro carro da marca com essa tecnologia adaptada ao etanol — já está sendo montado no país e fará sua estreia oficial em grande estilo: na COP30, em Belém (PA), no próximo mês.
Batizado de Edição Especial COP30, o modelo chega em uma tiragem simbólica de apenas 30 unidades, que serão utilizadas exclusivamente durante a conferência climática. Mais do que um simples lançamento, o SUV representa um passo estratégico na eletrificação com DNA brasileiro, já que o conjunto híbrido plug-in flex foi desenvolvido em colaboração entre engenheiros chineses e brasileiros.
Ainda com poucas informações técnicas divulgadas, sabemos que o sistema DM-i da BYD promete unir o melhor dos dois mundos: o motor 1.5 aspirado — já conhecido dos modelos King, Song Pro e Song Plus — foi adaptado para funcionar com qualquer proporção de etanol e gasolina, em conjunto com um motor elétrico de 197 cv e 30,6 kgfm. A potência total deve ficar entre 223 e 235 cv, dependendo da versão.
A autonomia divulgada para o modo elétrico também impressiona. A versão GL traz uma bateria de 12,9 kWh, que a montadora diz ser capaz de rodar até 39 km sem gastar uma gota de combustível, enquanto a GS pode alcançar até 62 km com a bateria maior, de 18,3 kWh.
Além da novidade mecânica, o Song Pro flex antecipa a primeira reestilização visual do SUV médio. A frente ganhou faróis mais finos e uma nova grade menor, que divide espaço com uma ampla entrada de ar no para-choque. As lanternas traseiras seguem interligadas, e o conjunto de rodas de 18 polegadas exibe um novo desenho.
Por dentro, o modelo deve adotar o interior atualizado já visto na China, com novo volante de quatro raios, seletor de marcha em cristal e mais espaço para o carregamento por indução de celulares.
“O etanol é um dos maiores diferenciais estratégicos do Brasil na transição energética. Incorporá-lo à nossa arquitetura DM-i representa um avanço histórico”, afirma Tyler Li, presidente da BYD do Brasil (via QuatroRodas).
Montado em regime SKD, quando o veículo vem desmontado para ter seu processo de fabricação finalizado na nova fábrica brasileira, a mesma que celebrou a produção global de 14 milhões de veículos da marca, o Song Pro flex é mais uma peça-chave da BYD no país. O modelo será detalhado oficialmente no Salão do Automóvel de São Paulo, no fim de novembro, quando a marca deve revelar os planos para o início das vendas em 2026.
Enquanto isso, a COP30 será o palco ideal para mostrar ao mundo o que a BYD vem construindo por aqui: um híbrido feito sob medida para o Brasil, com energia verde no tanque e um olhar voltado para o futuro. Recentemente, inclusive, a BYD atingiu um marco impressionante de veículos eletrificados no Brasil.
Crédito de imagens: Divulgação/BYD
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