A geração Z está ocupando posições no mercado de trabalho. Segundo dados do estudo "Mix geracional nas empresas espanholas" elaborado pela Pluxee, a geração Baby Boom e a geração Z igualarão sua presença, com 8% cada uma em 2025. No entanto, ambas as gerações não poderiam ser mais distintas e isso impactará a relação dos mais jovens com as empresas.
Tanto é assim que uma pesquisa revelou que nove em cada dez jovens têm ressalvas em utilizar os recursos da empresa para assuntos pessoais, ou minimizam a importância de respeitar os horários de suas jornadas de trabalho.
As regras estão aí para serem quebradas
Algo que a geração Z demonstrou amplamente é que as normas de etiqueta no trabalho não foram feitas para ela. Segundo os dados obtidos pela PapersOwl após entrevistar 2.000 jovens entre 18 e 34 anos, 95% dos jovens da geração Z afirmaram que era aceitável sair mais cedo do trabalho (ou chegar mais tarde), usar os recursos da empresa para assuntos pessoais e até tirar uma soneca no trabalho.
Outro dado preocupante é que 29% dos membros da geração millennial e da geração Z têm utilizado técnicas de 'catfishing', se fazendo passar por outra pessoa durante uma contratação para depois desaparecer sem deixar rastro, abandonando a empresa que os contratou.
Os horários são opcionais
Sair mais cedo do trabalho é, de longe, a regra que a geração Z mais frequentemente quebra. 34% dos entrevistados afirmam fazê-lo, da mesma forma que chegar atrasado sem aviso prévio, uma prática que é habitual para 18% dos entrevistados.
Por outro lado, 27% dos jovens da geração Z afirmaram ter ligado para avisar que estavam doentes apenas para tirar um dia livre. 11% dos entrevistados disseram ter contabilizado mais horas do que realmente trabalharam no registro de sua jornada.

Ir ao trabalho, mas nem sempre para trabalhar
Aqueles que compareciam ao trabalho no horário determinado não estavam isentos de "fazer trapaças" no trabalho. 11% afirmaram ter tirado um cochilo durante as horas de trabalho. Quatro em cada dez jovens relataram praticar o "coffee badging". Ou seja, registrar presença no trabalho apenas pelo tempo necessário para tomar um café e estar presente, para evitar a normativa de retorno ao escritório, e depois se deslocar para trabalhar de outro lugar.
Entre os motivos que os levam a fazer isso, 66% afirmaram que é pelo desejo de obter maior flexibilidade na jornada de trabalho, enquanto 44% preferem trabalhar de um lugar mais confortável, ou 32% optam por trabalhar em um ambiente menos propenso a interrupções.
Férias silenciosas
O relatório Out of Office Culture Report, elaborado pelo The Harris Poll em maio de 2024, indicou que cerca de 40% dos jovens millennials e da geração Z já haviam tirado "férias silenciosas". Esse termo refere-se a dar a entender que se está ativo, quando na verdade se está tirando um dia livre (ou vários) sem o consentimento da empresa.
Os dados da PapersOwl vão um pouco além. Revelaram que 51% dos jovens da geração Z o fizeram entre uma e três vezes no último ano, enquanto 4% dos entrevistados o fizeram mais de cinco vezes nos últimos 12 meses. 52% argumentam que o fizeram para se recuperar do estresse ou evitar o burnout.
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