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Um estudo japonês comprova que andar de moto faz bem para o cérebro: melhora a atenção e a memória

Grupo de testes também relatou menos estresse, mais concentração e uma sensação de maior vitalidade

Grupo de testes também relatou menos estresse e mais concentração / Imagem: Pixabay
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Victor Bianchin

Redator
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Victor Bianchin é jornalista.

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Andar de moto não é apenas uma forma eficaz de se locomover pela cidade ou fugir no fim de semana: pode ser um verdadeiro remédio para o corpo e a mente. Os motociclistas sabem bem do que se trata.

Isso foi demonstrado por uma equipe de pesquisadores japoneses liderada por Ryuta Kawashima, conhecido por seu trabalho no desenvolvimento do videogame Brain Training para Nintendo DS. O estudo dele (pouco conhecido fora do Japão) analisou como a pilotagem de uma moto afeta nossas capacidades cognitivas e nossa saúde em geral.

Sim, andar de moto realmente ajuda o seu cérebro. E isso é 50% mais benéfico do que para quem não pilota. As conclusões são tão surpreendentes quanto animadoras: andar de moto pode nos deixar mentalmente mais jovens, mais atentos e até mais felizes.

O experimento partiu de uma hipótese simples: se certos videogames podem estimular o cérebro, por que uma atividade tão complexa quanto pilotar uma moto não faria o mesmo?

Para testar isso, foi selecionado um grupo de homens de meia-idade que não pilotava motos há pelo menos dez anos. Todos sabiam conduzir, mas haviam abandonado o hábito. Metade deles pôde voltar a usar a moto em seus deslocamentos diários durante dois meses. O restante, o grupo controle, continuou usando seu meio de transporte habitual: carro, transporte público ou bicicleta.

Moto

O resultado foi claro: após esses dois meses, os motociclistas não só apresentaram 50% mais capacidade cognitiva em comparação ao grupo controle, como também mostraram uma melhora significativa na memória, flexibilidade mental e atenção no trabalho.

A própria exigência da pilotagem — que obriga o piloto a manter-se alerta, antecipar os movimentos do ambiente e tomar decisões rápidas — atua como uma espécie de “academia cerebral”. Mas os benefícios não param por aí, detalha o estudo citado.

Os pesquisadores também notaram melhorias no bem-estar geral dos participantes: menos estresse, mais concentração e uma sensação subjetiva de maior vitalidade. Kawashima concluiu que pilotar uma moto é “mais cansativo” do que outros meios de transporte, mas que essa exigência extra se transforma em um treino tanto físico quanto mental, cujos efeitos se estendem para o restante da vida cotidiana.

Moto

Há até indícios (fora deste estudo) de que andar de moto pode ser benéfico para pessoas com doenças crônicas, como diabetes tipo 2. O exercício físico leve e constante exigido ao pilotar uma moto (especialmente em ambientes urbanos) foi comparado ao realizado em uma sessão de academia, ajudando a estabilizar os níveis de glicose no sangue e reduzindo a necessidade de insulina. Claro, é recomendável levar algo para comer caso apareça uma hipoglicemia.

Então, da próxima vez que alguém disser que “andar de moto é perigoso”, você já tem uma resposta mais do que sólida: além de liberdade, a moto traz saúde. E, se você ainda não experimentou, nunca é tarde para começar. Mas, claro, com capacete, luvas... e o cérebro ligado.

Imagens | Pixabay

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.

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