Estamos assistindo em tempo real como os avanços em robótica e inteligência artificial (IA) começam a moldar o mundo em que vivemos. Modelos como o Figure 02 já estão sendo testados em fábricas, enquanto outros, como o NEO Beta, começaram a chegar aos primeiros lares. Se algumas das projeções atuais se confirmarem, dentro de alguns anos, poderemos viver em cidades onde autômatos estarão por toda parte.
A grande pergunta é inevitável: o que acontecerá se esse cenário se tornar realidade? De que viveremos quando a IA assumir a maior parte do trabalho? Há algum tempo, Elon Musk defende um modelo de “abundância sustentável”, no qual os humanos recebem uma renda universal elevada e têm acesso a melhores serviços de saúde, alimentação, moradia e transporte.
Um futuro com robôs por toda parte
Segundo sua visão, os empregos se tornarão algo opcional porque “provavelmente nenhum de nós terá trabalho”. Nem todos os grandes nomes do setor compartilham essa opinião. Jensen Huang, CEO da NVIDIA, concorda com Musk que haverá uma implantação massiva de robôs, mas não acredita que isso implique no fim do trabalho. Sua aposta, segundo revelou em uma entrevista à Fox Business, passa por jornadas de trabalho mais curtas.
“Tenho que admitir que receio que, no futuro, vamos estar mais ocupados do que agora. A razão é que muitas coisas diferentes, que antes levavam muito tempo, serão feitas mais rapidamente. Estou sempre esperando o término de um trabalho porque já tenho mais ideias; a maioria das empresas tem mais ideias para perseguir.”
O executivo sustenta que a inteligência artificial aumentará nossa produtividade, mas também permitirá dispor de mais tempo para lazer e desenvolvimento pessoal. Isso não significa, insiste, que ficaremos desempregados recebendo uma renda:
“Poderemos passar mais tempo nos fins de semana viajando. Viemos de um mundo com semanas de trabalho de 7 dias, e agora temos uma de 5, e cada revolução industrial leva a alguma mudança no comportamento social. Mas espero que a economia vá muito bem graças à IA. Alguns empregos desaparecerão, mas todos os empregos mudarão como resultado da IA.”
Como referência, o gasto mundial em IA atingiu 235 bilhões de dólares em 2024 e, se o ritmo atual se mantiver, ultrapassará 630 bilhões em 2028, segundo o IDC. Em um cenário de adoção intermediária, até 30% das horas trabalhadas poderiam ser automatizadas até 2030, impulsionadas pela IA generativa, aponta o McKinsey Global Institute.
A incógnita continua sendo qual dos dois magnatas acertará em sua previsão. O que está claro é que ambos têm interesses significativos nesse novo cenário: Musk planeja popularizar seu robô humanoide Tesla Optimus, enquanto Huang busca consolidar a liderança da NVIDIA em IA e sistemas robóticos para empresas e residências.
Tradução via: Xataka Espanha.
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