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Mudança de rota: GM não terá mais estes dois aplicativos amplamente usados por motoristas em todos novos veículos de suas marcas

General Motors aposta em plataforma própria e abandona integração com smartphones em nome do controle total do software

Crédito de imagem: Cheng Xin/Getty Images
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João Paes

Redator
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João Paes

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Escreve sobre tecnologia, games e cultura pop há mais de 10 anos, tendo se interessado por tudo isso desde que abriu o primeiro computador (há muito mais de 10 anos). 

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A General Motors está preparando uma virada radical na forma como os motoristas interagem com o painel dos seus carros. A montadora confirmou que vai eliminar completamente o suporte a Apple CarPlay e Android Auto — não apenas nos veículos elétricos, mas também nos modelos a combustão.

A confirmação veio da própria CEO da GM, Mary Barra, em entrevista ao The Verge. Segundo ela, a empresa pretende fazer uma transição gradual até 2028, quando deve estrear uma nova plataforma de computação centralizada. A ideia é que todos os veículos da marca — incluindo Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC — passem a usar um sistema próprio de conectividade, totalmente integrado ao software da montadora.

Em vez de permitir que o motorista espelhe a tela do celular no painel, a GM quer que toda a experiência digital aconteça dentro do próprio carro. O sistema será baseado no Android Automotive, mas vai incorporar o assistente Google Gemini e uma série de aplicativos personalizados, desenvolvidos tanto internamente quanto por parceiros estratégicos.

Crédito de imagem: Uli Deck/picture alliance via Getty Images Marcas do Grupo GM.

A decisão, no entanto, vem gerando polêmica desde 2023, quando a montadora começou a retirar o suporte aos sistemas da Apple e do Google dos seus carros elétricos. Muitos motoristas consideram o CarPlay e o Android Auto essenciais no dia a dia, especialmente pela praticidade de usar mapas, música e mensagens de forma integrada.

Mary Barra defende a mudança como parte de uma estratégia de longo prazo: ao controlar totalmente o software, a GM acredita poder oferecer atualizações mais rápidas, serviços conectados exclusivos e novas formas de monetização. Ainda assim, a decisão representa uma ruptura clara com o modelo de integração com smartphones — algo que, para muitos motoristas, era justamente o ponto forte dos carros modernos.


Crédito de imagens: Cheng Xin/Getty Images, Uli Deck/picture alliance via Getty Images


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