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“O futuro é elétrico.” A FIA quer que os motores da Fórmula 1 voltem a ser V8. A Honda já deixou claro: se isso acontecer, vai sair

Honda ameaça deixar a Fórmula 1 se motores V8 voltarem. Imagem: F1
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Sofia Bedeschi

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Sofia Bedeschi

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Jornalista com mais de 5 anos de experiência, gamer desde os 6 e criadora de comunidades desde os tempos do fã-clube da Beyoncé. Hoje, lidero uma rede gigante de mulheres apaixonadas por e-Sports. Amo escrever, pesquisar, criar narrativas que fazem sentido e perguntar “por quê?” até achar uma resposta boa (ou abrir mais perguntas ainda).

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A Fórmula 1 prepara uma nova mudança de regulamento para 2026, e muita gente já teme o pior. Os novos motores, que devem ter até 45% de propulsão elétrica, preocupam após os primeiros testes em simulações. A ponto de o próprio presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, cogitar uma volta aos motores V8 totalmente a combustão o quanto antes.

Mas nem todo mundo concorda com essa ideia. E a primeira a reagir foi a Honda. Os japoneses lembraram que só voltaram à Fórmula 1 por causa dos novos motores com foco maior em eletrificação, e garantem que, se a FIA retomar os V8 a combustão, eles vão deixar a categoria.

"A Honda quer que a F1 continue sendo o auge do automobilismo"

Na Honda, as declarações do presidente da FIA caíram muito mal. Ben Sulayem disse que gostaria de ver os motores V8 de volta já em 2029, antes mesmo do fim do próximo ciclo de motores, que está previsto até 2030. A fala irritou a montadora, que vê na volta aos motores puramente a combustão um retrocesso para a categoria.

"A posição atual da Honda é que acreditamos que a eletrificação é um elemento fundamental para avançar rumo a um futuro sustentável", afirmou Koji Watanabe, presidente da HRC, em resposta às declarações de Ben Sulayem. Para a Honda, a Fórmula 1 só faz sentido se continuar apostando na eletrificação.

Vale lembrar que a Honda reduziu sua participação na Fórmula 1 nos últimos anos, o que inclusive levou à decisão de congelar os motores, para que a Red Bull não ficasse em desvantagem. Em 2026, no entanto, a montadora voltará com força total, como fornecedora oficial da Aston Martin. Ou seja: Fernando Alonso voltará a correr com motores Honda na F1.

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Foi por isso que o próprio Fernando Alonso saiu em defesa dos novos motores quando a discussão veio à tona. A Honda já havia se manifestado da primeira vez que a FIA questionou o futuro elétrico da categoria. E ela não está sozinha: a Audi também foi categórica ao afirmar que deixará a Fórmula 1 se não houver continuidade na eletrificação.

"Estamos cientes da situação atual da Fórmula 1. O desejo da Honda é que a categoria continue sendo o auge do automobilismo", reforça Watanabe sobre a posição da marca. Ele acrescenta ainda que "as conversas sobre mudanças no regulamento estão paradas", e que, por isso, todas as montadoras estão focadas em 2026.

A grande incógnita, no entanto, pode estar no tipo de motor que a General Motors está desenvolvendo para sua entrada na Fórmula 1, prevista para 2028.

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