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Colocaram o carro YU7 da Xiaomi numa pista de alta velocidade e o resultado foi os freios em chamas

A marca se defendeu: "É preciso compreender os limites do veículo"

A marca se defendeu: "É preciso compreender os limites do veículo" / Imagem: Divulgação
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Victor Bianchin

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Victor Bianchin é jornalista.

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Desde que a Xiaomi entrou no mundo dos carros elétricos, não parou mais de falar sobre eles. O YU7, segundo modelo da marca chinesa, superou todas as previsões: recebeu mais de 200 mil pedidos (e não pré-reservas com opção de cancelamento, como faz a Tesla) em três minutos na China.

A avalanche de pedidos que a Xiaomi recebeu com seu primeiro carro elétrico, o SU7, havia provocado críticas sobre a qualidade do carro e sobre algumas ferramentas de eficácia duvidosa presentes no veículo. Agora, acontece o mesmo com o YU7: os primeiros testes de jornalistas na China não estão sendo generosos com o veículo.

Melhor não forçar o SU7 na pista

Segundo publicou o Cars New China, o Xiaomi YU7 Max (o topo de linha) sofreu uma intercorrência durante uma sessão de testes no circuito V1 de Tianjin: após várias voltas em alta velocidade, a temperatura do freio dianteiro ultrapassou os 619 °C, o que provocou o superaquecimento da roda e fez com que as pinças traseiras de freio terminassem em chamas.

Por sorte, o piloto entrou nos boxes sem problemas, evitando danos maiores. Segundo a Xiaomi, o incêndio se originou por causa dos materiais orgânicos das pastilhas de freio, com baixo teor metálico, que podem pegar fogo brevemente ao serem expostos a temperaturas superiores a 600 °C. A empresa enfatizou que, apesar das chamas, o sistema de freios permaneceu totalmente funcional, sem perda de desempenho nem falhas de segurança.

A marca se defendeu afirmando que o SUV de 2,3 toneladas não ativou a função de frenagem regenerativa, o que aumenta a carga mecânica dos freios. Esse incidente demonstra que o SUV elétrico não foi feito para ser muito forçado na pista, mas sim para ser usado no dia a dia. A Xiaomi advertiu que seus veículos de produção não são projetados para rodar em circuito, pelo menos não com a configuração de fábrica.

Portanto, se você pretende comprar o YU7 para usá-lo em pista, a marca recomenda atualizar os componentes dos freios (como pastilhas, discos e sistemas de refrigeração) “e compreender plenamente os limites do veículo antes de realizar uma condução de alto desempenho”.

Nesse cenário, o segundo carro elétrico da Xiaomi está batendo recordes: registrou 289 mil pedidos na primeira hora de lançamento na China e 240 mil pré-reservas nas primeiras 18 horas, esgotando a produção até 2027.

Este texto foi traduzido/adaptado do site Motorpasión.

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