Bill Gates participou recentemente de uma conversa com Mark Cuban, empresário e proprietário minoritário da franquia de basquete Dallas Mavericks. Nesta entrevista, um curioso paralelo foi traçado entre o mundo dos negócios, dos esportes (especificamente o basquete) e até mesmo do mundo de Pokémon.
Cuban perguntou a Gates: "O que você faria se, depois de sair da Microsoft, descobrisse que Steve Ballmer trocou o Windows 11 pelo Windows 10?" Ao que o magnata respondeu: "Eu me esconderia da mídia." A pergunta demorou a viralizar, e até surgiu uma publicação que fazia uma comparação com Pokémon, onde Pikachu é trocado pelo Blastoise de Gary.
Windows 10 continua dominando
Apesar de a Microsoft planejar retirar o suporte ao Windows 10 em 14 de outubro de 2025, este sistema operacional ainda lidera com 60,33% de participação, em comparação com 36,65% do Windows 11. Além das comparações humorísticas e esportivas, o caso reflete um problema real: muitos usuários não veem um motivo convincente para abandonar o Windows 10.
O Windows 10 já tem mais de uma década, mas o sistema ainda é estável, compatível com a maioria dos softwares atuais e muito menos exigente em hardware do que o Windows 11. Para quem usa o computador para tarefas cotidianas, a migração para o Windows 11 parece mais uma obrigação e, no mundo da tecnologia, forçar a substituição raramente funciona sem um bom motivo.
Entre os motivos pelos quais os usuários resistem à mudança está a desaceleração do mercado de PCs (embora pareça que este ano ele tenha sido reativado). Além disso, os requisitos de hardware do Windows 11 são bastante exigentes e algumas decisões de design têm sido controversas, especialmente a rejeição de sua nova interface e funcionalidades.
A resistência à mudança levou até mesmo à intervenção de uma associação, que entrou com um pedido contra a decisão da Microsoft de retirar o suporte ao Windows 10. Além disso, há preocupações legítimas sobre o impacto ambiental que a migração forçada pode gerar: milhões de computadores podem se tornar obsoletos simplesmente por não atenderem aos novos requisitos técnicos.

A solução? Programa ESU
O futuro do Windows 10 está quase decidido, mas a Microsoft ainda precisa fazer com que as pessoas não apenas vejam a atualização para o Windows 11 como obrigatória. Muitos usuários acreditam que, em vez de impor o salto, a Microsoft deveria oferecer melhorias que realmente os convençam de que vale a pena atualizar.
Embora existam alternativas de terceiros para continuar usando o Windows 10, a empresa não as recomenda. No entanto, em vez de incentivar a atualização, a Microsoft tentou forçá-la por meio de mensagens intrusivas. Mesmo assim, vários usuários estão resistindo, pois, até o momento, para muitos, o veterano Windows 10 ainda é a melhor opção.
A Microsoft oferece o programa Extended Security Updates (ESU), que permitirá que os usuários recebam atualizações de segurança por mais um ano por US$ 30 (R$ 169). No entanto, esse suporte será válido por apenas um ano, o que significa que os usuários precisarão atualizar para o Windows 11 ou continuar usando o Windows 10 sem proteção contra ameaças à segurança.
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