"Eu me esconderia da mídia": Bill Gates diz o que faria se CEO da Microsoft trocasse Windows 11 pelo Windows 10

Bill Gates
Sem comentários Facebook Twitter Flipboard E-mail
pedro-mota

PH Mota

Redator

Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

Bill Gates participou recentemente de uma conversa com Mark Cuban, empresário e proprietário minoritário da franquia de basquete Dallas Mavericks. Nesta entrevista, um curioso paralelo foi traçado entre o mundo dos negócios, dos esportes (especificamente o basquete) e até mesmo do mundo de Pokémon.

Cuban perguntou a Gates: "O que você faria se, depois de sair da Microsoft, descobrisse que Steve Ballmer trocou o Windows 11 pelo Windows 10?" Ao que o magnata respondeu: "Eu me esconderia da mídia." A pergunta demorou a viralizar, e até surgiu uma publicação que fazia uma comparação com Pokémon, onde Pikachu é trocado pelo Blastoise de Gary.

Windows 10 continua dominando

Apesar de a Microsoft planejar retirar o suporte ao Windows 10 em 14 de outubro de 2025, este sistema operacional ainda lidera com 60,33% de participação, em comparação com 36,65% do Windows 11. Além das comparações humorísticas e esportivas, o caso reflete um problema real: muitos usuários não veem um motivo convincente para abandonar o Windows 10.

O Windows 10 já tem mais de uma década, mas o sistema ainda é estável, compatível com a maioria dos softwares atuais e muito menos exigente em hardware do que o Windows 11. Para quem usa o computador para tarefas cotidianas, a migração para o Windows 11 parece mais uma obrigação e, no mundo da tecnologia, forçar a substituição raramente funciona sem um bom motivo.

Entre os motivos pelos quais os usuários resistem à mudança está a desaceleração do mercado de PCs (embora pareça que este ano ele tenha sido reativado). Além disso, os requisitos de hardware do Windows 11 são bastante exigentes e algumas decisões de design têm sido controversas, especialmente a rejeição de sua nova interface e funcionalidades.

A resistência à mudança levou até mesmo à intervenção de uma associação, que entrou com um pedido contra a decisão da Microsoft de retirar o suporte ao Windows 10. Além disso, há preocupações legítimas sobre o impacto ambiental que a migração forçada pode gerar: milhões de computadores podem se tornar obsoletos simplesmente por não atenderem aos novos requisitos técnicos.

Bill Gates em entrevista a Mark Cuban Imagem | Liz Rymarev/The Dallas Morning News. Bill Gates em entrevista a Mark Cuban Imagem | Liz Rymarev/The Dallas Morning News.

A solução? Programa ESU

O futuro do Windows 10 está quase decidido, mas a Microsoft ainda precisa fazer com que as pessoas não apenas vejam a atualização para o Windows 11 como obrigatória. Muitos usuários acreditam que, em vez de impor o salto, a Microsoft deveria oferecer melhorias que realmente os convençam de que vale a pena atualizar.

Embora existam alternativas de terceiros para continuar usando o Windows 10, a empresa não as recomenda. No entanto, em vez de incentivar a atualização, a Microsoft tentou forçá-la por meio de mensagens intrusivas. Mesmo assim, vários usuários estão resistindo, pois, até o momento, para muitos, o veterano Windows 10 ainda é a melhor opção.

A Microsoft oferece o programa Extended Security Updates (ESU), que permitirá que os usuários recebam atualizações de segurança por mais um ano por US$ 30 (R$ 169). No entanto, esse suporte será válido por apenas um ano, o que significa que os usuários precisarão atualizar para o Windows 11 ou continuar usando o Windows 10 sem proteção contra ameaças à segurança.

Inicio