Elon Musk e Apple estariam prestes a fechar contrato que pode revolucionar mercado de smartphones, segundo relato

SpaceX poderia fornecer conectividade via satélite substituindo operadoras de telefonia tradicionais

Local com símbolo da Apple | Fonte: Getty Images
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Vika Rosa

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Vika Rosa

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Jornalista com mais de 5 anos de experiência, cobrindo os mais diversos temas. Apaixonada por ciência, tecnologia e games.


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O mercado de tecnologia agitado com relatos de uma potencial aliança estratégica entre a Apple e a SpaceX, de Elon Musk, que pode redefinir o mercado de telefonia móvel. Segundo fontes da indústria, as duas gigantes estariam prestes a fechar um acordo para revolucionar a conectividade via satélite nos iPhones, uma jogada que ameaçaria diretamente as operadoras de telefonia tradicionais.

A especulação, detalhada pelo especialista em Apple, Mark Gurman, da Bloomberg, surge em um momento em que a empresa de Cupertino expande agressivamente suas ambições orbitais. Desde a introdução do "SOS via Satélite" no iPhone 14 em 2022, a Apple tem trabalhado para ir muito além das emergências, e uma parceria com a vasta rede Starlink da SpaceX seria o caminho mais rápido para um salto de geração.

As ambições da Apple para o satélite

De acordo com Gurman, a Apple já está desenvolvendo internamente uma série de novas e impressionantes funcionalidades via satélite. A lista inclui:

  • Mapas sem rede: permitir que o Apple Maps funcione para navegação sem qualquer conexão de celular ou Wi-Fi.
  • Mensagens com fotos: capacidade de enviar fotos pelo app Mensagens usando a rede de satélite.
  • Uso natural: melhorar a tecnologia para que ela funcione com o iPhone no bolso, dentro de um carro ou mesmo em ambientes internos, eliminando a necessidade de apontar o aparelho para o céu.
  • API para desenvolvedores: uma estrutura para que aplicativos de terceiros possam integrar a conectividade via satélite em seus próprios serviços.
  • 5G NTN: suporte para que as torres de celular 5G possam usar satélites para expandir sua cobertura em áreas remotas.

O elo perdido: Globalstar e a entrada da SpaceX

O ponto central da negociação gira em torno da infraestrutura. Atualmente, a Apple utiliza a rede da Globalstar, na qual investiu mais de US$ 1 bilhão para viabilizar o serviço de SOS. No entanto, a constelação de satélites da Globalstar é considerada pequena e envelhecida.

É aqui que Elon Musk entra na jogada. A Globalstar está explorando uma potencial venda, e a SpaceX é vista como a compradora mais provável. Se a SpaceX adquirir a Globalstar, a Apple seria efetivamente "forçada" a colaborar com a Starlink, o que poderia acelerar drasticamente os planos de ambas as empresas. 

Segundo relatos, a SpaceX já estaria trabalhando para tornar seus satélites compatíveis com o espectro de rádio usado pela Apple e Globalstar, antecipando uma futura integração.

Um terremoto para as operadoras

Se um acordo for alcançado, seja por parceria direta ou através da aquisição da Globalstar, as consequências para o mercado seriam imensas. A Apple poderia, teoricamente, oferecer um plano de internet via satélite premium, fornecendo chamadas, mensagens de texto e dados em qualquer lugar do planeta, eliminando de vez as falhas de cobertura.

Nesse cenário, as operadoras tradicionais (como T-Mobile, Verizon e AT&T) seriam relegadas a um papel de "backup". Embora a Apple historicamente evite se tornar uma operadora de telecomunicações devido à complexidade regulatória, uma aliança com a SpaceX contornaria esse problema, permitindo que ela ofereça os benefícios da tecnologia sem assumir o fardo legal.

Embora nada esteja assinado oficialmente, a Starlink já colabora com a T-Mobile nos EUA, e especialistas acreditam que uma aliança com a Apple pode se concretizar nos próximos meses, concretizando a visão de uma conectividade verdadeiramente global.

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