Sofia Bedeschi
RedatoraJornalista com mais de 5 anos de experiência, gamer desde os 6 e criadora de comunidades desde os tempos do fã-clube da Beyoncé. Hoje, lidero uma rede gigante de mulheres apaixonadas por e-Sports. Amo escrever, pesquisar, criar narrativas que fazem sentido e perguntar “por quê?” até achar uma resposta boa (ou abrir mais perguntas ainda).
Depois de um começo de temporada turbulento, parece que, aos poucos, a maré começa a virar para Fernando Alonso. Com pontos marcados nas últimas três corridas – incluindo a da Áustria neste fim de semana – o espanhol empatou com Lance Stroll na tabela e ainda recebeu uma nova boa notícia nos últimos dias.
Após a revisão de meio de temporada feita pela FIA, a Aston Martin terá mais horas disponíveis de uso de túnel de vento e de simulação CFD até o fim do campeonato.
A mudança é consequência direta do desempenho mais fraco no início do ano, o que acende as esperanças por atualizações que possam impulsionar o desempenho do carro de Alonso nas próximas etapas. Quem não teve a mesma sorte foi a Williams de Carlos Sainz, que acabou sendo uma das maiores prejudicadas com o novo balanço.
Já Alonso, além de conquistar seu melhor resultado do ano na Áustria, saiu da pista com um “bônus” promissor para o restante da temporada.
Vale lembrar que, na Fórmula 1, as horas de túnel de vento que cada equipe pode usar são limitadas por regulamento, e tem time levando susto por ultrapassar esse limite. A cada seis meses, a FIA revisa essa distribuição para dar vantagem aos times que estão mais atrás na classificação.
Na revisão mais recente, feita após o GP do Canadá (ou seja, sem considerar os resultados da Áustria), quem saiu no lucro foi a Aston Martin. A equipe de Fernando Alonso terminou o último Mundial em quinto lugar entre os construtores, mas atualmente ocupa a oitava posição. Uma queda de três colocações que, nesse caso, acabou se transformando em benefício.
A Aston Martin ganhou 48 usos extras do túnel de vento para o próximo período, além de 300 itens a mais de CFD. E esse bônus vem justamente no momento mais estratégico da temporada: a fase decisiva para o desenvolvimento do carro de 2026, ano em que o regulamento técnico será completamente reformulado. Um verdadeiro presente para Adrian Newey, que agora pode focar não só no futuro como também continuar evoluindo o carro atual.
Ainda assim, não foi a equipe mais beneficiada. Esse título fica com a Alpine, que despencou do sexto lugar em 2024 para a lanterna em 2025 — e, com isso, ganhou um pacote generoso de recursos extras. Por outro lado, a Williams de Carlos Sainz acabou sendo a mais prejudicada.
A equipe terminou 2024 na nona colocação e atualmente ocupa um surpreendente quinto lugar, o que reduziu drasticamente suas horas de túnel de vento disponíveis.
Fernando Alonso, por sua vez, já avisou: novas atualizações chegam em Silverstone, e uma nova leva pode vir em Spa. A sorte, ao que tudo indica, voltou a sorrir para a Aston Martin.
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