Fóssil de 151 milhões de anos pode desvendar mistério da origem de mosquitos que não picam

Fóssil tinha uma característica evolutiva incomum, mas que preenche lacunas no entendimento das espécies posteriores

(Getty Images/Charles Wollertz)
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Bárbara Castro

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Bárbara Castro

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Jornalista com pós-graduação em Cinema que passava as tardes vendo Cartoon Network e History Channel quando criança. Coleciona vinis, CDs e jogos do Nintendo DS e 3DS (e estantes que não cabem mais livros). A primeira memória com um computador é de ter machucado o dedo em uma ventoinha enquanto um de seus pais estava montando um PC.

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Uma equipe australiana encontrou um fóssil de 151 milhões de anos pertencente à família Chironomidae (mosquitos não picadores que vivem em água doce) e é o membro mais antigo já encontrado no Hemisfério Sul. Uma das grandes características incomuns desse espécime é uma adaptação especial que permitia se prender firmemente a rochas, algo que até então só era visto em espécies marinhas.

Publicado na Gondwana Research, a espécie recebeu o nome Telmatomyia talbragarica, que significa “mosca das águas paradas”. Foram estudados seis fósseis (de pupas e adultos), mostrando que o inseto vivia em um ambiente de água doce — algo incomum para o mecanismo de fixação que possuía.

A descoberta muda o modo de pensar e estudar a origem do grupo Podonominae (um subgrupo da família), sugerindo que eles surgiram no Hemisfério Sul, no antigo supercontinente Gondwana, e depois se espalharam. Isso contrasta com teorias anteriores que apontavam o Hemisfério Norte como origem.

Atualmente, esses insetos vivem em regiões do Hemisfério Sul, como América do Sul, Austrália, África do Sul e Nova Zelândia. Essa distribuição está ligada ao fenômeno chamado vicariância — quando barreiras naturais separam populações e fazem com que elas evoluam de forma independente, criando novas espécies.

Capa da matéria: Getty Images/Charles Wollertz

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