A utilização de metanol para adulteração de bebidas alcoólicas não é uma novidade, mas tem virado uma epidemia no Brasil — resultando em mortes, inclusive. Com isso, a sociedade começou a prestar mais atenção nos perigos de bebidas falsas e diversas ações policiais começaram a ser feitas para desmantelar quadrilhas especializadas na falsificação. Agora, um projeto da Universidade Estadual da Paraíba promete colocar um teste na mão de cada consumidor, para que ele evite consumir bebidas “batizadas”.
De canudinho
Após dois anos de pesquisa, o Departamento de Pós-Graduação em Química da UEPB desenvolveu um canudo que identifica a presença de metanol em bebidas destiladas. Muito se disse sobre o custo de R$ 2, mas ainda não há certeza sobre isso.
"No começo o escalonamento não chegará para atender toda população. Mas a perspectiva é produzir com material mais simples e baratos, com resultado rápido e eficiente", diz o professor Germano Vera, um dos participantes do projeto. Germano também disse que a ação com participação da Fapesq (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba) e do Parque Tecnológico da Paraíba.
No entanto, talvez ele não seja tão barato: "Neste momento não há como falar em precificação da tecnologia porque a universidade ainda não fez licenciamento da patente para nenhuma indústria ou empresa, que é o acordo legal que permite que o proprietário de uma invenção patenteada conceda a terceiros o direito de usar, fabricar ou vender essa invenção", concluiu a professora Nadja Oliveira, pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa.
Além disso, a pesquisa também criou um método infravermelho para detectar adulterações, que já foi testado em 462 amostras e já foi publicado em uma revista científica.
Quando chega?
Segundo a CNN Brasil, o Ministério da Saúde informou que analisou o projeto, mas que a pauta atualmente é responsabilidade do Ministério da Justiça. Este, por sua vez, confirmou que estuda formas de implementar canudos de detecção de metanol através da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor).
Ou seja, ainda não há um prazo para que o público tenha canudos detectores de metanol e acessíveis.
Crédito de imagem: Xakata Brasil/Perplexity
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