A Geração Z está perdendo uma habilidade milenar da humanidade: a fluência comunicativa

Após um ano usando dispositivos eletrônicos, 40% dos estudantes perdeu fluência na escrita

Gen Z / Imagem: Etelmarketing via Midjourney
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Victor Bianchin

Redator
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Victor Bianchin

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Victor Bianchin é jornalista.

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As inovações digitais estão fazendo com que a Geração Z não apenas esteja abandonando a habilidade de escrever, mas também os conhecimentos básicos para se expressar com clareza. Os especialistas ainda não sabem se isso faz parte da transformação natural pela qual a sociedade está passando ou se é um problema que precisa ser enfrentado.

Após a Revolução Industrial e a criação da imprensa, a escrita deixou de ser restrita a uma seleção de especialistas para se tornar uma atividade comum entre o restante da população. E pode-se dizer que nossa habilidade de escrever nos acompanha desde as primeiras culturas: os sumérios, egípcios e chineses já faziam seus registros escritos cerca de 5.500 anos atrás. E a Geração Z está deixando esse hábito de lado.

Segundo vários estudos e declarações recolhidos pelo jornal Türkiye Today, com a ajuda de professores de diferentes universidades, os jovens da Geração Z se acostumaram tanto ao uso de teclados que acabam se intimidando quando precisam passar da escrita digital para a tradicional.

Como toda habilidade que se perde pouco a pouco ao não ser utilizada, os estudantes agora demonstram uma perda considerável quando escrevem à mão, muitas vezes entortando as linhas na página e exibindo uma caligrafia ininteligível. Um estudo realizado na Universidade de Stavanger, na Noruega, demonstrou que, em apenas um ano focando exclusivamente na escrita digital, 40% dos estudantes perderam fluência em sua escrita manual. No entanto, eles asseguram que ter “letra feia” ou cansar-se mais do que o normal ao escrever no papel não é o pior.

Acostumados ao uso das redes sociais como meio de comunicação, esses jovens frequentemente evitam frases longas ou falham ao construir parágrafos com sentido. A Geração Z não só tem mais dificuldades para escrever e se comunicar de forma eficaz, mas, independentemente de fazê-lo à mão ou com teclado, falha ao criar parágrafos com frases independentes, o que torna seus textos mais caóticos e difíceis de entender.

A boa notícia é que sua capacidade de síntese para tentar explicar qualquer conceito em menos de 10 palavras melhorou notavelmente. A longo prazo, porém, isso faz com que aprofundar temas mais complexos lhes seja especialmente difícil.

Conforme a tecnologia continua crescendo, aumentam também as preocupações com o abandono da comunicação escrita, que pode significar a perda de certas normas ortográficas e a habilidade de estruturar corretamente o que se quer transmitir, por exemplo.

Imagem | Etelmarketing via Midjourney

Este texto foi traduzido/adaptado do site 3D Juegos.


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