Você já ouviu falar no “reverse catfishing”? Esse termo que está bombando na gringa é uma tendência recente nos aplicativos de namoro que vai totalmente contra a lógica das redes sociais. Enquanto o catfishing envolve criar perfis falsos ou performáticos para atrair outras pessoas, o reverse catfishing aposta na autenticidade. A ideia é se mostrar de forma menos polida, sem filtros ou encenações, como forma de atrair conexões mais verdadeiras. A prática vem ganhando força, especialmente entre a Geração Z, que demonstra maior cansaço em relação às interações superficiais no meio digital.
O que significa o reverse catfishing?
Apesar de parecer algo complexo, o reverse catfishing nada mais é do que uma estratégia para se mostrar verdadeiramente no ambiente digital. Mas de que forma isso funciona? Na prática, ao invés de investir em fotos extremamente editadas ou descrições que mostram apenas qualidades desejáveis, as pessoas escolhem apresentar-se de maneira mais “real”. Isso pode incluir imagens sem produção, biografias mais simples e enfatizar características que normalmente seriam deixadas de lado. O objetivo é filtrar quem está realmente interessado em conhecer a pessoa por completo, e não apenas a versão “perfeita” mostrada nas redes.
Geração Z está cansada dos aplicativos de namoro
Nos últimos anos, os aplicativos de relacionamento, como o Tinder e o Grindr, deixaram de ser uma ferramenta prática para encontrar parceiros para se tornar uma experiência desgastante para muitos usuários. Conversas repetitivas, rejeição frequente, pressão para manter uma imagem perfeita e mentiras em perfis estão entre os principais fatores que influenciam nesse desgaste.
Essa situação tem feito a Geração Z repensar sua forma de usar essas plataformas, aderindo o reverse catfishing. Ou seja, ao invés de surfar na onda dos usuários que tentam se mostrar perfeitos, eles reduzem a performance na rede a fim de priorizar a autenticidade.
Reverse catfishing e a cultura da aparência
De modo geral, o funcionamento dos aplicativos de namoro favorece decisões rápidas baseadas em fotos e pequenas descrições, o que reforça o foco na aparência do usuário. No Tinder, por exemplo, basta deslizar o dedo sobre a tela para descartar ou aprovar a conexão com o outro. Essa lógica, porém, muitas vezes gera frustrações quando a interação fora do aplicativo não corresponde às expectativas criadas.
Ao optar por perfis menos editados e mais honestos, os usuários vão contra essa dinâmica moderna e buscam alinhar melhor o que é mostrado no digital com o que será encontrado pessoalmente. Dessa forma, espera-se menos decepções e uma tentativa de abrir espaço para conexões que vão além da aparência.
Entenda quais são os impactos da tendência nas relações
Além de valorizar a autenticidade, o reverse catfishing também pode proporcionar uma sensação de segurança nas relações iniciadas na internet. Isso porque os perfis menos “polidos” tendem a atrair menos atenção indesejada, ao mesmo tempo em que chamam a atenção de quem valoriza mais a personalidade do que a aparência. Isso ajuda a estabelecer expectativas mais realistas e pode favorecer encontros presenciais mais satisfatórios.
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