Em uma das histórias mais estranhas já registradas no noticiário bizarro, um homem chamado Carmon Leo, de 27 anos, afirmou que um grave acidente de carro mudou completamente sua sexualidade. Segundo relatos, ele sofreu uma lesão nas costas após ser envolvido em uma colisão por trás — e, a partir dali, passou a freqüentar bares gays e a ler literatura homossexual. Apesar de jurar que era totalmente heterossexual antes do acidente, ele disse que aquela colisão teve um “efeito forte e abrupto” sobre sua personalidade.
O caso foi a julgamento — e, para surpresa de muitos, um júri decidiu dar ganho de causa a Leo. Em 1976, ele teria sido indenizado em US$ 200.000, enquanto sua esposa recebeu um adicional de US$ 25.000, segundo os registros de jornais populares de “weird news” que cobriram o episódio.
Uma mudança estranha
Há algo profundamente inquietante neste relato — e ao mesmo tempo, algo revelador sobre como a sociedade da época via a homossexualidade. Será que Leo estava usando a alegação do acidente para justificar um “surgimento repentino” de atração pelo mesmo sexo, em vez de admitir que talvez já sentisse algo reprimido? Ou será que ele acreditava genuinamente que o trauma físico alterou seu ser interior? Ninguém realmente sabe o que se passava em sua mente, e os detalhes íntimos do caso são escassos.
Alguns historiadores e comentaristas sugerem que, após um evento traumático, muitas pessoas começam a reavaliar suas vidas, seus desejos e suas identidades. É possível que Leo tenha despertado para uma parte de si que estava reprimida, usando a narrativa do acidente como uma “capa legítima”, num momento em que assumir a homossexualidade ainda era muito mais difícil socialmente.
Essa hipótese, aliás, faz mais sentido do que a ideia de que o acidente “causou” uma mudança de orientação sexual — orientação não é algo que parece se “ligar” por impacto físico.
Akron Beacon Journal - 15 de fevereiro de 1976
Fontes da história são confiáveis?
Vale destacar, porém, que a maior parte dos registros sobre Carmon Leo vem de sites de curiosidades bizarras — não de jornais acadêmicos ou de grandes veículos históricos. Ou seja, a história pode ter sido exagerada, distorcida ou até parcialmente inventada.
Não encontrei fontes primárias ou documentos legais facilmente verificáveis que confirmem todos os detalhes do veredito ou das alegações médicas. A suposta imagem é do Akron Beacon Journal, que existe até hoje, inclusive em formato de site.
Portanto, essa narrativa fica no limbo entre mito e realidade. Se for verdade como contado, a história de Leo não é só bizarra, mas também um reflexo das complexas maneiras pelas quais as pessoas podem se descobrir.
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