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Cientista de dados é só a ponta do iceberg: a lista definitiva das profissões de tecnologia que vão dominar 2026 traz surpresas que nem a IA previu

Consolidação da inteligência artificial, avanço da cibersegurança e pressão pelo retorno ao escritório redesenham o mercado tech para o próximo ano

Crédito de imagem: Xataka Brasil
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João Paes

Redator
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João Paes

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Escreve sobre tecnologia, games e cultura pop há mais de 10 anos, tendo se interessado por tudo isso desde que abriu o primeiro computador (há muito mais de 10 anos). 

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Se 2024 e 2025 foram anos de hype, 2026 promete ser o momento em que a tecnologia deixa de ser tendência e vira regra. Pelo menos essa é a leitura do Grupo Hub, consultoria especializada em recrutamento, que aponta o próximo ano como um verdadeiro ponto de virada para o mercado de trabalho em tecnologia. Inteligência artificial, segurança digital e infraestrutura em nuvem deixam de ser apostas futuras e passam a definir quem fica e quem sai do setor.

Para Bárbara Araújo, head de recrutamento para tecnologia e bens de consumo do Grupo Hub, o discurso é direto: “O novo já é o presente. Quem não se atualiza fica para trás”. Segundo ela, empresas de todos os tamanhos estão em busca de profissionais capazes de trabalhar com IA de forma prática, reforçar sistemas de segurança e sustentar operações cada vez mais complexas. O avanço acelerado da automação, aliás, traz um paradoxo curioso: quanto mais inteligentes os sistemas, mais vulneráveis eles se tornam. “A evolução da IA aumenta a exposição a riscos, e por isso a segurança virou uma exigência central”, explica.

Os setores que lideram essa corrida por talentos são mercado financeiro, telecomunicações e empresas nativas digitais — especialmente aquelas que já operam com modelos baseados em dados e IA. Mas o perfil buscado vai além do currículo técnico. Adaptabilidade, aprendizado contínuo e curiosidade constante aparecem como critérios tão importantes quanto dominar ferramentas. “Hoje importa mais o que a pessoa consegue construir do que o cargo que ela ocupa”, resume Bárbara.

Nesse cenário, algumas funções despontam como protagonistas de 2026. Segundo o levantamento do Grupo Hub, as áreas e cargos mais demandados incluem:

  • Cientista de Dados
  • Engenheiro de Dados
  • Analista de Dados
  • Engenheiro de Nuvem
  • Arquiteto de Nuvem
  • SRE (Engenheiro de Confiabilidade de Sistemas)
  • Engenheiro de Infraestrutura
  • Especialista de Redes
  • Engenheiro DevOps
  • Especialista em Kubernetes
  • Engenheiro de Plataforma
  • Especialista em Cibersegurança
  • Analista de Segurança Operacional
  • Desenvolvedor de Software
  • Desenvolvedor Full-Stack

Apesar do avanço tecnológico, o maior ponto de tensão para 2026 pode não estar no código, mas no escritório. Empresas vêm pressionando por mais presença física, enquanto profissionais de tecnologia resistem, após anos de home office consolidado. “Quem trabalha como PJ, de casa, com salários mais altos, dificilmente aceita voltar para um CLT presencial”, aponta Bárbara.

O mercado financeiro tradicional lidera esse movimento de retorno, especialmente para cargos seniores. “Diretores já estão no escritório. Quanto maior a senioridade, maior a exigência de presença, por uma questão de cultura”, explica.

Nesse ambiente de disputa por talentos, consultorias de recrutamento ganham papel estratégico. Dados de mercado, flexibilidade em modelos de contratação e ajustes salariais passam a ser diferenciais decisivos. Em 2026, a tecnologia continuará no centro de tudo, mas quem define as regras do jogo será a capacidade de adaptação.


Crédito de imagem: Xataka Brasil


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