O CEO da Arm, Rene Haas, fez uma previsão ousada sobre o futuro do trabalho, afirmando que a inteligência artificial física — robôs e autômatos equipados com IA avançada — substituirá a maioria dos trabalhadores de fábricas e armazéns em menos de uma década.
Haas argumentou que o fator principal que impede essa mudança hoje não é a tecnologia de IA, que já está em rápido desenvolvimento, mas sim o custo de produção de robôs e a falta de sistemas operacionais padronizados.
A chegada dos autômatos inteligentes
Segundo Haas, as fábricas e armazéns estão prestes a passar por uma transformação que mudará fundamentalmente a mão de obra humana.
A tecnologia de IA generativa está avançando a uma velocidade inédita, permitindo que os robôs não apenas repitam tarefas, mas também executem fluxos de trabalho complexos e se adaptem a ambientes dinâmicos e imprevisíveis. Em vez de exigir uma programação demorada para cada tarefa, a IA permitirá que os robôs aprendam, interajam e colaborem em ambientes reais.
A Arm, que desenvolve arquitetura de chips essenciais para smartphones e agora para IA, vê sua tecnologia no centro dessa revolução. A empresa aposta que a miniaturização e a eficiência energética dos chips de IA tornarão os robôs autônomos acessíveis e viáveis em larga escala.
O custo como barreira final
Haas argumenta que a barreira para a adoção em massa da IA física é estritamente econômica. A produção em massa de hardware robótico precisa cair para que o investimento se justifique em muitas indústrias.
A falta de uma plataforma de um software operacional universal para robôs (semelhante ao Windows ou Android) impede a rápida escalabilidade e a interoperabilidade entre diferentes fabricantes e tipos de máquinas.
Assim que esses desafios de custo e padronização forem superados, a previsão do CEO é que a substituição de trabalhadores humanos por autômatos inteligentes na maioria dos ambientes industriais ocorrerá em até dez anos.
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