A Geração Beta crescerá como as crianças dos anos 1950?

Alguns países europeus iniciam movimento para coibir uso de telas pelos pequenos

Crianças anos 50 / Imagem: Pablo Kent no Flickr
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Victor Bianchin

Redator
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Victor Bianchin é jornalista.

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A Geração Beta, ou seja, aqueles que nasceram a partir de 2025, crescerá afastada das telas. Isso significa que sua infância será muito diferente da que a Geração Alfa (nascida entre 2010 e 2024) está vivendo atualmente, mas mais próxima de como era antes da era digital, como na década de 1950.

E não é para menos: especialistas consideram que, ao substituir atividades essenciais — como brincadeiras físicas, leitura ou interação social direta —, as telas afetam o desenvolvimento cognitivo e emocional nas primeiras fases de crescimento. Em creches e jardins de infância, foi observado que as crianças interagem menos e têm dificuldade em participar de brincadeiras que exigem imaginação e criatividade.

A França avança contra as telas

Levou vários anos para que a preocupação sobre como o uso excessivo de telas afeta o desenvolvimento das crianças surtisse efeito entre os governos. Países como a França vêm estabelecendo políticas cada vez mais rigorosas em relação ao tempo que os pequenos podem passar em celulares, tablets e televisores, entre outros.

No país europeu, surgiu a ideia de frear o uso de telas por crianças por meio de um projeto de lei promovido pela ministra da Saúde, Catherine Vautrin. A legislação pretende proibir o uso de telas para menores de três anos, tanto em casa quanto na escola, ao mesmo tempo em que busca incentivar um ambiente mais saudável para o desenvolvimento infantil.

A Comissão da Tela desaconselha o uso desses dispositivos (ou pelo menos recomenda uso supervisionado e limitado) para crianças de até seis anos, proíbe celulares até os 11 anos, smartphones com internet até os 13 anos e redes sociais antes dos 15 anos. Também defende a promoção de atividades que estimulem a imaginação e a interação social entre os mais jovens.

Crianças

O desafio

Aplicar essa lei não será fácil. Vautrin assegurou que “não se trata de colocar policiais nas residências”. A ideia verdadeira é conscientizar os pais e oferecer uma resposta clara ao grave problema do vício em telas. No entanto, em 2023, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) alertou que proibir rigidamente esses aparelhos não é a melhor solução.

A OCDE aponta que impedir de forma rígida o acesso dos jovens a esses dispositivos tira deles a oportunidade de aprender a usá-los de maneira responsável. Além disso, em seu relatório PISA, a organização observou um aumento nos níveis de ansiedade dos estudantes em escolas onde esses aparelhos foram proibidos.

Imagem | Pablo Kent no Flickr

Tradução via: Xataka México.


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