China dominou o jogo com carro elétrico: suas estações de carregamento são tão rápidas que autonomia dos carros não importa mais

Imagem | BYD
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PH Mota

Redator
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Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

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Na China, eles já estão em outro patamar com o carro elétrico. Em meio a uma corrida para ver quem consegue fabricar mais por menos, com concessionárias lotadas de carros que ninguém compra e uma guerra de preços que ameaça sua própria existência, as marcas continuam desenvolvendo sua tecnologia.

Lá, a preocupação com autonomia é coisa do passado, pois já existem carros que conseguem carregar o suficiente para 400 km em cinco minutos. Para a BYD, que começou a vender carros que podem ser carregados a 1.000 kW, a longa autonomia já não é relevante — e a empresa levará sua infraestrutura para a Europa, começando pelo Reino Unido.

Estações de carregamento de 1 MW para dar adeus à espera

Em entrevista à Autocar, a vice-presidente da BYD, Stella Li, falou sobre seus planos de exportar sua rede de carregadores de 1.000 kW para a Europa. Eles estão em um ponto em que a introdução de uma tecnologia de carregamento tão rápida significa que os veículos elétricos não precisarão de tanta preocupação com autonomia e tempo de carregamento.

A BYD planeja instalar 15 mil carregadores de 1.000 kW (ou seja, 1 MW) na China com o lançamento do Denza Z9 GT, carro-chefe da marca na sua ofensiva europeia. O Reino Unido será um dos primeiros países a receber esses carregadores, assim que o Z9 GT for lançado por lá, em 2026.

Para suportar essa potência de carregamento, a tensão da bateria, chamada de Flash Charging Battery, é de 1 mil volts. Trata-se de uma bateria com multiplicador de carga 10C, ou seja, pode ser carregada a 10 vezes sua capacidade por hora; até agora, essa possibilidade parecia coisa de ficção científica. Os modelos de produção inicial que usarão essa plataforma serão o BYD HAN L e o BYD TANG L, ambos destinados ao mercado chinês, além do Denza Z9 GT.

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Li afirmou que, ao contrário da maioria dos Superchargers da Tesla, as novas unidades não serão limitadas aos modelos Denza: "As estações de carregamento rápido também podem funcionar com outros carros. O único problema é que o carro determina a potência. Nossos carros podem lidar com toda a potência", disse ela.

Atualmente, a China possui 14,4 milhões de pontos de carregamento para uma frota de 31,4 milhões de carros elétricos, e apenas uma pequena parte deles é pública. Por isso, o governo estabeleceu como meta implantar mais de 100 mil carregadores ultrarrápidos de pelo menos 1.000 kW em três anos.

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