NTFS tem sucessor que o supera em todos os aspectos e está no Windows desde 2012; faz sentido que você não tenha ouvido falar dele

Ele surgiu no Windows Server 2012 e apareceu nas versões domésticas do Windows 8.1 e posteriores

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PH Mota

Redator

Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

Se você lida com computadores e outros equipamentos há algum tempo, talvez esteja familiarizado com o termo NTFS (New Technology File System). Trata-se, basicamente, do sistema de arquivos usado por padrão no Windows para armazenar e organizar dados em discos rígidos e unidades externas.

O que talvez você não saiba é que a Microsoft vem desenvolvendo seu sucessor há mais de uma década — um sistema de arquivos superior em praticamente todos os aspectos, mas que ainda não é amplamente utilizado em ambientes domésticos. Esse sistema é o ReFS.

ReFS supera o NTFS em tudo

O Sistema de Arquivos Resiliente (ReFS) fez sua primeira aparição no Windows Server 2012, sob o codinome "Protogon". Enquanto o NTFS, introduzido originalmente em 1993 com o Windows NT 3.1, tem sido o padrão nos sistemas operacionais da Microsoft por décadas, o ReFS foi concebido desde o início como seu sucessor natural, trazendo melhorias significativas em vários aspectos.

Em 2013, o ReFS também chegou às versões domésticas com o Windows 8.1, embora com limitações importantes: seu uso era restrito principalmente aos chamados "Espaços de Armazenamento" e não podia ser usado como partição de inicialização. Essas restrições, mantidas posteriormente, indicam que a Microsoft quer agir com cautela antes de proclamá-lo como seu próximo sistema de arquivos padrão.

O ReFS oferece algumas vantagens sobre o NTFS. Entre seus principais recursos está a verificação automática de integridade: o ReFS verifica e repara os dados automaticamente, evitando a corrupção de arquivos sem que o usuário precise fazer nada. Sua arquitetura também proporciona maior confiabilidade estrutural, sendo projetada especificamente para minimizar falhas e melhorar a durabilidade do sistema a longo prazo.

Outra vantagem significativa é a eliminação da necessidade de executar o comando chkdsk. Ao contrário do NTFS, o ReFS não exige essas demoradas verificações de disco que podem levar horas em volumes grandes, tornando a manutenção mínima. Além disso, o sistema também permite caminhos e nomes de arquivos mais longos — algo que você provavelmente já teve dificuldade para gerenciar em algum momento no Windows.

A capacidade também é um fator importante. Embora o NTFS tenha limites relativamente restritivos (ainda que suficientes para a maioria dos usuários, honestamente), o ReFS suporta tamanhos de arquivos de até 16 exbibytes (equivalente a 1.152.921 terabytes) e volumes de até 1 yobibyte (2⁸⁰ bytes), números astronômicos que excedem em muito as necessidades atuais, mesmo nos ambientes profissionais mais exigentes.

Por que ainda não estamos usando?

Apesar de todas essas vantagens, é compreensível que a maioria dos usuários domésticos nunca tenha trabalhado com o ReFS. A Microsoft posicionou deliberadamente esse sistema de arquivos como uma solução corporativa, voltada para ambientes de servidor e cenários que exigem armazenamento de dados em larga escala com alta resistência à corrupção.

Embora o ReFS tenha sido incorporado recentemente ao Windows 11, ele ainda não está otimizado para o uso diário do consumidor médio. A empresa preferiu manter o NTFS como padrão em seus sistemas operacionais de desktop, possivelmente por questões de compatibilidade e estabilidade no ecossistema Windows. Um exemplo claro de que, se algo funciona bem, é melhor não mexer.

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