A Meta ficou fora da festa da IA; agora, quer corrigir isso com o sucessor do LLaMa e o Mango, seu novo modelo de geração de imagens e vídeo

Com o Mango, empresa finalmente terá um chatbot para competir com ChatGPT e Gemini

Zuckerberg e a nova IA da Meta / Imagem: Mark Zuckerberg, Dima Solomin
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Victor Bianchin

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Victor Bianchin é jornalista.

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Feche os olhos e pense em IA. É fácil que os nomes que venham à sua mente sejam ChatGPT ou Gemini, e isso faz todo o sentido: OpenAI e Google têm se concentrado em impulsionar soluções para usuários reais. O nome que talvez soe familiar, mas você mal se lembre, é o LLaMa. A Meta passou anos focada em uma IA voltada para o setor profissional, esquecendo o consumidor. E isso está prestes a mudar com o Mango e o Avocado.

Porque a “nova” Meta já não quer ser o Android da IA: quer adotar o modelo da Apple.

O “meh” do LLaMa 4

A abordagem da Meta em relação à inteligência artificial foi — e continua sendo — curiosa. O LLaMa 4 foi um lançamento frustrante, que não esteve à altura das expectativas. Competia com o GPT-4 (já estamos no 5, cujo lançamento também trouxe polêmica), mas, enquanto OpenAI e Google lutaram para posicionar seus modelos de IA como opções acessíveis ao usuário por meio de chatbots, a Meta seguiu por outros caminhos.

Eles têm a Meta AI, mas o LLaMa era o produto estrela. A empresa “ignorou” o usuário e se concentrou em opções profissionais. A Meta apostou no open source (entre aspas), buscando transformar o LLaMa nos alicerces sobre os quais se construiria tudo o que tivesse a ver com IA. Fazendo uma analogia, a Meta queria que o LLaMa fosse o “Android da IA”. Não deu certo, e agora ela quer mudar para um modelo ao estilo Apple: fechado e voltado ao consumo.

14,3 bilhão de dólares — esse é o dinheirão que Zuckerberg desembolsou pela Scale AI. A startup se consolidou em pouquíssimo tempo como a grande promessa da IA geral, um dos objetivos de curto prazo das gigantes do setor. Agora, é propriedade da Meta. 

Porque, embora a Scale AI não tenha desenvolvido o ChatGPT, o Gemini ou o Claude, ela construiu a infraestrutura para propostas desse tipo. E, com a aquisição, vem Alexandr Wang, que era CEO da Scale AI e agora é diretor de IA na Meta. Ao que tudo indica, essa relação já está dando frutos.

Mango e Avocado

Segundo o Wall Street Journal, Wang mencionou dois novos modelos de IA que entrarão em funcionamento no início de 2026. E a proposta é radical, considerando de onde a empresa vinha:

  • Avocado — Este será o cérebro e o sucessor do LLaMa. Está previsto para a primeira metade do próximo ano e espera-se que inaugure a nova era de privatização do modelo, marcando a transição para um sistema fechado.
  • Mango — Se o Avocado pretende ser invisível para o usuário, o Mango será exatamente o oposto. Será um modelo de geração de imagem e vídeo para competir diretamente com Sora, Veo e Nano Banana, da OpenAI e do Google, respectivamente.

Assim, Zuckerberg e Wang poderão ter um modelo que as pessoas associem como sinônimo de “inteligência artificial”. Google e OpenAI já percorreram um longo caminho, mas, se a IA nos ensinou algo, é que novas ferramentas podem se popularizar num piscar de olhos quando acertam em cheio. O Midjourney, por exemplo, já foi o santo graal da IA generativa.

Mas, claro, nem o Google nem a OpenAI vão ficar de braços cruzados. Ambos estão queimando dinheiro para continuar desenvolvendo seus modelos, e o problema é que, mesmo que os produtos da Meta funcionem perfeitamente, eles chegarão anos atrasados. A empresa dispersou sua IA por WhatsApp, Instagram e soluções profissionais, em vez de ter um único chatbot; publicou estudos sobre o quão capaz é sua inteligência artificial. No meio de tudo isso, chegou tarde à festa.

Imagens | Mark Zuckerberg, Dima Solomin

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.


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