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China não aprendeu a lição: depois de alterar a rotação da Terra com uma de suas construções, vão construir uma ainda maior

Bangladesh, Índia e Tibete temem o impacto que obra pode causar

Qual será o impacto da nova represa chinesa? / Imagem: 3D Juegos
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Victor Bianchin

Redator
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Victor Bianchin

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Victor Bianchin é jornalista.

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É muito provável que, em algum momento, você tenha se deparado com a notícia de que a China conseguiu alterar a rotação da Terra e deslocar seu eixo com a construção da represa das Três Gargantas. Conforme apontou a NASA, o planeta teve sua rotação desacelerada em 0,06 microssegundos por dia e o eixo deslocado em 2 centímetros devido à massa de água de 40 bilhões de metros cúbicos que ela abriga. O que passou mais despercebido é que o país asiático não pretende parar por aí.

No último dia 19 de julho foi dado início a uma obra orçada em 167 bilhões de dólares e que, com uma represa ainda maior que a das Três Gargantas, deverá produzir uma quantidade estimada de energia quase três vezes superior à da construção anterior. Serão cinco represas em cascata que gerarão 300 bilhões de kWh anuais e que já preocupam as comunidades vizinhas.

Um problema três vezes maior

O plano, que só deverá ser concluído em 2030, faz parte do ambicioso salto na transição energética que a China vem promovendo há anos. Mas, enquanto alguns enxergam uma forma inteligente de aproveitar seus recursos para abandonar os combustíveis fósseis, regiões como Bangladesh, a Índia e o próprio Tibete — onde será construída — temem os impactos que isso pode causar.

Embora o efeito observável na rotação e no eixo terrestre possa ser semelhante ao que ocorreu com a represa das Três Gargantas — praticamente imperceptível no nosso dia a dia —, o temor por terremotos na região e o colapso que uma massa de água como a que será represada pode provocar deixou as populações em estado de alerta. Além disso, os riscos ambientais e a dependência hídrica do rio podem fazer com que o impacto vá muito além.

A nova represa se tornará, assim, o maior projeto hidrelétrico do mundo e a maior represa do planeta, exemplificando mais uma vez como a China quer estar na vanguarda dos maiores avanços em engenharia e tecnologia para se consolidar como a principal potência mundial. Se o aumento de construções desse tipo acabará ou não se tornando um problema para a rotação do planeta é algo que, embora improvável, ainda está por se comprovar.

Este texto foi traduzido/adaptado do site 3D Juegos.

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